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Política

46 pessoas foram indiciadas na Operação Lava Jato da PF

16 abr 2014 - 13h34
(atualizado em 19/5/2014 às 13h33)
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Após quase cinco anos de investigações e um mês de execução da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 6 milhões em espécie, 25 veículos de luxo, além de indisponibilizar três hotéis e seis residências de alto padrão pertencentes a quatro quadrilhas suspeitas de movimentar mais de R$ 10 bilhões nos últimos três anos. No relatório, a PF indiciou 46 pessoas pelos crimes de formação de organização criminosa, contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Dois doleiros também foram indiciados por financiarem o tráfico de drogas.

Entre os presos na Operação Lava Jato estão o doleiro Alberto Youssef, que fretou um jatinho para o deputado André Vargas, além do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Vargas renunciou à vice-presidência da Câmara dos Deputados depois de descoberta a ligação dele com Alberto Youssef. O deputado, alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Casa, chegou a anunciar que renunciaria ao cargo, mas desistiu.

Agora, cabe ao Ministério Público decidir se apresenta à Justiça denúncia contra os indiciados. As investigações começaram em 2009, em Londrina, e  que as quadrilhas atuavam também em Curitiba, São Paulo e Brasília. Durante a Operação Lava Jato, foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva, 12 de prisão temporária e 27 conduções coercitivas.

De acordo com a PF, os inquéritos identificaram que as quatro organizações criminosas, lideradas por doleiros, eram independentes entre si, mas tinham negócios em comum relacionados à lavagem de dinheiro.

Quinze pessoas permanecem presas, sendo 14 em Curitiba e uma em São Paulo. Duas estão foragidas. Ainda segundo a PF, mais documentos poderão ser entregues às autoridades competentes como resultado da análise do material apreendido. A PF não descarta o indiciamento dos envolvidos nos crimes fraude em licitação, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Agência Brasil Agência Brasil
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