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Política

A fatura de Janones: deputado quer apoio de Lula para presidir CCJ

Parlamentar abdicou de concorrer à presidência e entrou de cabeça na campanha petista, mas não levou cargo no governo. PT prefere indicar Mária do Rosário para comandar a Comissão da Câmara

4 jan 2023 - 18h21
(atualizado às 18h30)
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O PT chegou ainda a escalar o deputado federal André Janones (Avante-MG), com o aval de Lula, para reagir, com o mesmo receituário adotado pelo bolsonarismo.
O PT chegou ainda a escalar o deputado federal André Janones (Avante-MG), com o aval de Lula, para reagir, com o mesmo receituário adotado pelo bolsonarismo.
Foto: Marcelo Chello/Estadão / Estadão

O deputado André Janones (Avante-MG) quer o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o mais importante colegiado da Casa. O parlamentar abriu mão de concorrer à presidência da República e mergulhou de cabeça na campanha do petista. Com atuação destacada nas redes sociais, usou sua influência digital para enfrentar o bolsonarismo na internet.

O papel de destaque na campanha não se reverteu, no entanto, em cargos no novo governo. Janones alega que não era isso que queria. "Meu pleito agora é a CCJ. Quando a gente (ele e Lula) conversou e eu abdiquei da minha candidatura, citei que não queria espaço no governo, mas disse que ia pleitear mais espaço na Câmara. Então já tinha dito de maneira mais genérica", disse ao Estadão.

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A estratégia rendeu a Janones a alcunha de "Carluxo do Lula", uma referência ao papel determinante que o vereador Carlos Bolsonaro teve nas campanhas do pai.

Geraldo Alckmin assume o Ministério da Indústria e Comércio Exterior:

Durante a transição

Desde a transição de governo, Janones vinha dizendo que não se interessava por participar do governo. Ele nega envolvimento nas discussões que culminaram na escolha de Paulo Pimenta (PT-RS) para a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência.

"Terminou uma batalha. Agora que entro em campo", afirmou. "Sempre deixei claro que não queria espaço no governo, mas queria espaço na Câmara. Sei que a composição é diferente, é outra estrutura de poder. Mas o apoio do governo tem um peso".

A "fatura" do apoio era esperada pelos petistas. A cúpula do partido, porém, é contra dar o comando da CCJ a Janones e defende Maria do Rosário (PT-RS) para liderar a comissão. A liderança do partido na Câmara deve ser exercida por Zeca Dirceu (PR), filho do ex-ministro José Dirceu.

"Vocês existem e são valiosos para nós", Silvio Almeida defende minorias e é ovacionado em posse:

A CCJ é responsável por dar aval para aprovação de todos os projetos que passam pela Câmara. A Comissão costuma ser a mais disputada pelo poder que exerce no destino de vida ou morte das propostas de interesse do governo.

Estadão
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