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Política

Acusação contra Flávio Bolsonaro tirou foco de corrupção

Para advogado do senador, revelação foi feita para desviar atenção de suspeitas de corrupção na gestão da saúde estadual do Rio

26 mai 2020 - 12h23
(atualizado às 12h52)
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O advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Frederick Wassef, afirmou nesta terça-feira que a revelação feita pelo empresário Paulo Marinho, de que o senador foi avisado antecipadamente sobre uma operação da Policia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) em outubro de 2018, teve o objetivo de desviar as atenções de suspeitas de corrupção na gestão da saúde estadual do Rio durante a pandemia de covid-19.

O senador Flávio Bolsonaro
O senador Flávio Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Mais cedo, nesta terça-feira, 26, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão contra autoridades estaduais, incluindo o governador Wilson Witzel (PSC), numa operação que investiga desvios na Secretaria de Estado de Saúde, incluindo gastos com o enfrentamento da pandemia.

Wassef voltou a rebater as acusações de Marinho, feitas em entrevista à Folha de S.Paulo no último dia 17, ao chegar à sede da Superintendência da PF no Rio. Segundo o advogado, Marinho mentiu e não tem provas, pois o senador, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, "não teve qualquer informação privilegiada".

"Essa estória só tem o objetivo de tirar o foco do esquema de corrupção que desviou R$ 800 milhões. Eles já sabiam que isso ia explodir, já estava na imprensa", afirmou Wassef, referindo se a reportagens que revelaram suspeitas de desvios de recursos públicos.

O advogado disse a jornalistas, na porta da Superintendência da PF, que veio ao local protocolar pedidos de acesso aos autos dos inquéritos que investigam o vazamento da investigação de 2018, a partir dos relatos de Marinho, que é também pré candidato a prefeito do Rio pelo PSDB. No mesmo local, Marinho presta depoimento em um desses inquéritos, neste momento, ao mesmo tempo em que equipes da PF retornam das diligências da operação deflagrada mais cedo.

Estadão
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