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Política

Acusado de atentado contra Porta dos Fundos fica na Rússia

30 jan 2020 - 18h37
(atualizado às 18h42)
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A defesa do economista Eduardo Fauzi, de 41 anos, acusado pela Polícia Civil do Rio de ser um dos responsáveis pelo ataque com coquetéis molotov à produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, na madrugada de 24 de dezembro, afirmou em nota divulgada nesta quinta-feira que, diante da decisão judicial que manteve a ordem de prisão contra Fauzi, ele deve permanecer na Rússia, onde está desde 29 de dezembro. O economista tinha passagem aérea para retornar ao Brasil nesta quinta-feira, mas não voltará.

Imagens de câmeras do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no último dia 29, mostram embarque de Eduardo Fauzi
Imagens de câmeras do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no último dia 29, mostram embarque de Eduardo Fauzi
Foto: Reprodução / Estadão Conteúdo

"A defesa orientou Eduardo a não retornar ao Brasil, haja vista haver sérias discussões acerca da legalidade da decretação da sua prisão temporária. A orientação visa assegurar seu direito à liberdade e impedir que Eduardo seja segregado de forma ilegal, o que seria um erro insanável, diante da condição de presumivelmente inocente", afirma a nota, assinada pelos advogados Diego Rossi Moretti e Jonas de Oliveira.

Na quarta-feira, 29, o desembargador José Muiños Piñeiro Filho, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decidiu manter o decreto de prisão temporária contra Fauzi. O magistrado entendeu que os envolvidos no crime "fizeram exsurgir suas extremadas periculosidades" e que a liberdade de Fauzi causará a "insegurança de várias pessoas".

A defesa de Fauzi criticou a decisão do desembargador: "Os fundamentos invocados para a manutenção da prisão se deram diante das poucas provas colhidas dentro do inquérito policial ainda não finalizado" e Fauzi "já se colocou à disposição" da delegacia que investiga o caso "para prestar esclarecimento e colaborar com a Justiça", afirmam os advogados.

A nota afirma que "nos próximos dias" a defesa vai recorrer às "cortes superiores", referindo-se ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), para "assegurar o direito de retorno e livre locomoção de Eduardo no território brasileiro, eis que é de sua vontade pessoal retornar ao Brasil o mais breve possível".

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