Advogado que tentou entrar na Primeira Turma foi detido pela Polícia Judicial por desacato

BRASÍLIA - O desembargador aposentado Sebastião Coelho, advogado do ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, foi detido pela Polícia Judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) em flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal. De acordo com informações da assessoria da Corte, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação do advogado.

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Mais cedo, ele tentou entrar sem credenciamento na sala da Primeira Turma, onde é analisado o recebimento da denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Ao ser barrado, ele gritou "arbitrários".

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O STF se manifestou por meio de sua assessoria. O tribunal afirmou que Sebastião "não se credenciou previamente para participar e que havia orientação de credenciamento prévio por parte de advogados. Por isso foi encaminhado para acompanhar da Segunda Turma".

O acesso é livre aos advogados das partes e às partes. Os demais, porém, precisam encaminhar os nomes. Segundo a Corte, o desembargador aposentado foi encaminhado para acompanhar da Segunda Turma, e se recusou. Seu cliente não está na lista dos denunciados do núcleo que está sendo analisado nesta terça-feira.

Também nesta terça, deputados que foram ao Supremo para acompanhar o julgamento bateram boca com policiais do Judiciário no térreo da Corte, porque foram impedidos de entrar no plenário da Primeira Turma.São eles: Zucco (PL-RS), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Zé Trovão (PL-SC), Carlos Jordy (PL-RJ), Sargento Fahur (PSD-PR), Sanderson (PL-RS), Coronel Meira (PL-PE) e Maurício do Vôlei (PL-MG). No plenário da Primeira Turma cabem 126 pessoas. Os deputados foram orientados a acompanhar a sessão em uma sala no quarto andar, por uma televisão. "Após autorização do ministro, foram liberados".