Aécio acusa Dilma de fazer propaganda eleitoral em pronunciamento
O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), emitiu neste sábado uma nota de repúdio ao pronunciamento feito pela presidente Dilma Rousseff em razão do Dia de Independência. O mineiro considerou o discurso "um triste episódio na história da nossa democracia" e afirmou que a presidente transformou um espaço "republicano" em "acintosa ferramenta eleitoral".
Neves, que é virtual candidato à presidência, condenou o fato de a presidente ter aproveitado a data para fazer propaganda de seu governo e afirmou que a presidente utilizou o espaço em rede nacional de rádio e TV para "tentar reconquistar, a qualquer custo, a popularidade perdida". "O que se constata, a partir de mais esse pronunciamento, é que o país tem uma candidata ocupando a cadeira de presidente da República".
Ele encerrou a nota afirmando que o seu partido, PSDB ,irá entrar na Justiça com um processo contra a presidente por propaganda eleitoral antecipada.
Confira abaixa a íntegra da nota de Aécio Neves
O Brasil assistiu, nesta sexta-feira, a um triste episódio na história da nossa democracia. Desrespeitando o cargo que ocupa, a presidente Dilma Rousseff transformou o espaço republicano de rede nacional de rádio e TV, previsto para finalidades específicas, em acintosa ferramenta eleitoral.
Com isso, não desrespeita apenas o cargo que ocupa, desrespeita a data que deveria celebrar, os brasileiros que deveria representar e a legislação pela qual deveria zelar.
Na ânsia de tentar reconquistar, a qualquer custo, a popularidade perdida, a presidente diminui a si mesma ao legitimar a prática do vale tudo. E, antecipando o calendário, encarna o aviso que já havia dado ao país de que " na hora da eleição podemos fazer o diabo".
O que se constata, a partir de mais esse pronunciamento, é que o país tem uma candidata ocupando a cadeira de presidente da República.
Em nome da democracia, patrimônio de todos os brasileiros, o PSDB denunciará esse ato à Justiça, pela agressão às regras democráticas e por significar propaganda eleitoral antecipada, agravada por se realizar às custas do dinheiro público.
