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Política

Aécio critica nº de ministérios, mas fala em nova secretaria

14 jun 2014 - 00h05
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Aécio Neves visita o túmulo do avô, Tancredo, em São João del Rei
Aécio Neves visita o túmulo do avô, Tancredo, em São João del Rei
Foto: Orlando Brito/PSDB / Divulgação

O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à presidência, foi entrevistado nesta sexta-feira pela jornalista Renata Loprete no canal Globo News. Durante a entrevista, o ex-governador de Minas Gerais voltou a criticar o número considerado por ele excessivo de ministérios e cargos comissionados do governo federal da petista Dilma Rousseff. Contudo, quando falou sobre o sistema tributário, o neto de Tancredo Neves disse que vai criar uma secretaria extraordinária para reorganizar esse sistema.

“Uma medida tomarei no primeiro dia de governo (...) a criação de uma secretaria extraordinária para a simplificação do sistema tributário”, disse. Aécio foi questionado logo em seguida pela jornalista sobre o anúncio de uma pasta quando critica o excesso de ministérios pelo governo atual. O presidente do PSDB responde que a secretaria será plural, com vários setores, e não representada apenas pelo governo. “Essa comissão será reflexo de um sentimento amplo do setor produtivo”, afirmou, dizendo que o excesso criado pelo PT serve apenas para acomodar a base aliada. O senador disse ainda que a criação da pasta passaria por aval do Congresso.

O presidente do PSDB prometeu ainda promover a meritocracia, com o estabelecimento de metas aos quadros do governo.

Economia

Sobre a inflação, Aécio prometeu diminuir o índice e até chegar ao centro da meta inflacionária, mas não tão cedo. “Não conseguiremos trazer em 2015 (...) agora vamos focar no centro da meta, não no teto.”

Aécio afirmou que 2015 será um ano difícil, mas acredita que sua vitória traria mais tranquilidade ao mercado financeiro. O senador focou muito suas respostas na promessa de crescimento da economia, dizendo que uma alta mais robusta do PIB permitirá uma “qualificação” dos programas sociais e também austeridade nos gastos do governo.

Programas sociais

Aécio prometeu não apenas manter, mas “qualificar” os programas de transferência de renda do governo, capitaneados pelo Bolsa Família – sem detalhar o que quer dizer com essa qualificação. O senador disse ainda que reconhece duas grandes virtudes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a ampliação e a unificação dos programas sociais do governo federal.

O pré-candidato, inclusive, evitou críticas ao ex-presidente, mas ligou os feitos do governo petista ao período anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso, inclusive os programas sociais e a política econômica, que considerou resultado de uma continuidade da era FHC.

Financiamento de campanhas

Mesmo com maioria já garantida no Supremo Tribunal Federal (STF) a favor do financiamento exclusivamente público de campanhas eleitorais, Aécio diz que não é contra o uso de verba de empresas na propaganda política. O pré-candidato disse que essa decisão foi “açodada” e que prefere que o auxílio de empresas seja limitado, com um teto, e que o financiamento público seja ampliado. A decisão do STF, como não foi proclamada ainda, não valeria para as eleições deste ano.

Mensalão mineiro

A jornalista questionou ainda Aécio sobre o apoio a Eduardo Azeredo (PSDB-MG), após este renunciar ao mandato de deputado federal. Azeredo é acusado de participação no mensalão mineiro. “Se (Azeredo) for responsabilizado, nós do PSDB não o transformaremos em herói nacional, como fez o PT”, diz o pré-candidato sobre os petistas condenados pelo STF. Segundo ele, no caso do mensalão do PT, o processo foi mais “sistemático”.

Caso do Metrô

Sobre as denúncias de corrupção no governo de São Paulo com o superfaturamento da reforma de trens, o chamado cartel do Metrô, Aécio diz que “primeiro tem que ser comprovado, senão é muito fácil. Se nos incomoda? Claro que incomoda”.

Aécio diz ainda que Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, já deveria ter sido afastado do cargo. Marinho foi chefe de gabinete do governo Covas entre 1995 e 1997 e está no centro das acusações.

O senador afirma que o caso deve ser julgado, mas não pode ser generalizado como sendo culpa de um partido político. “Acredito que o governo de são Paulo, que o partido institucionalmente, que o governador Geraldo Alckmin não foram (beneficiados)”

Fonte: Terra
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