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Política

Aécio diz esperar voto integral do PSDB em Delgado para presidente da Câmara

30 jan 2015 - 16h11
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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nesta sexta-feira que o caminho natural do partido é apoiar a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara, a despeito de especulações sobre o embarque do partido na candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursa  em Belo Horizonte após divulgação dos resultados da eleição presidencial. 26/10/2014
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursa em Belo Horizonte após divulgação dos resultados da eleição presidencial. 26/10/2014
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Além de Delgado, nome apoiado pela oposição, e do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), em candidatura para marcar posição, dois integrantes de partidos da base do governo disputam o terceiro cargo da República: Cunha, protagonista de embates diretos como Planalto, e Arlindo Chinalgia (PT-SP), candidato que conta com o apoio de ministros petistas.

“A minha posição pessoal é muito clara e eu venho trazê-la hoje à nossa bancada como presidente do partido. No momento que existem duas candidaturas da base governista e uma candidatura que se coloca como independente e que surge a partir da iniciativa de um partido político que, inclusive no segundo turno esteve conosco na última eleição presidencial, o caminho natural do PSDB é fortalecer a candidatura do deputado Júlio Delgado”, disse Aécio.

Eduardo Cunha vem se reunindo com integrantes do PSDB, que reconhecem a possibilidade de dissidências da posição oficial da bancada, uma vez que o voto para presidente da Casa é secreto.

"Desde o final do ano passado, o PSDB assumiu compromisso com Júlio Delgado. O PSDB agirá como partido político. O PSDB não se permitirá cooptações individuais, qualquer candidato que acha que poderá fazê-lo irá se frustrar. O PSDB votará em Júlio Delgado na sua integralidade. É o que eu espero", disse Aécio.

No Senado, o partido apoiará o nome de Luiz Henrique (PMDB-SC) para a presidência da Casa, candidatura que foi lançada sem o aval da bancada de senadores peemedebistas.

"A candidatura do senador Luiz Henrique na verdade atende esta mesma aspiração: não termos um Legislativo acuado, submisso, e principalmente, submetido às vontades e às orientações do Palácio do Planalto, como assistimos durante todo este último período", disse Aécio, que foi derrotado na eleição presidencial do ano passado pela presidente Dilma Rousseff.

"Estaremos ao lado do senador Luiz Henrique. Inclusive, hoje a tarde, no ato de lançamento da sua candidatura que, a meu ver, é uma candidatura extremamente competitiva."

O PMDB deve definir um nome oficial para a disputa em reunião no fim da tarde desta sexta-feira e a expectativa é de que o nome oficial do partido seja o do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Uma candidatura de um integrante de um partido da base aliada alternativa à de Renan era um desejo da oposição e Aécio chegou a participar pessoalmente das articulações para que isso acontecesse.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Edição de Eduardo Simões)

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