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Política

Agenda de Bolsonaro aponta apenas 5h30 de compromissos desde derrota para Lula

Contando somente os dias úteis transcorridos após o pleito de 30 de outubro, a média foi de uma hora e seis minutos de trabalho por dia

8 nov 2022 - 13h04
(atualizado às 13h27)
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Bolsonaro tem optado por permanecer a maior parte do tempo no Palácio da Alvorada
Bolsonaro tem optado por permanecer a maior parte do tempo no Palácio da Alvorada
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO / Estadão

Nove dias após a derrota no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve, desde então, cinco horas e meia de compromissos oficiais anotados em sua agenda.

Contando somente os dias úteis transcorridos após o pleito de 30 de outubro, a média foi de uma hora e seis minutos de trabalho por dia.

Conforme a lista dos compromissos divulgados pela Presidência da República, Bolsonaro recebeu o ministro da Economia, Paulo Guedes, na manhã do dia 31. O encontro durou 30 minutos e foi o único compromisso oficial daquela segunda-feira.

O dia 1º de novembro, véspera do feriado de Finados, foi o mais movimentado do calendário recente de Bolsonaro: o presidente abriu o dia recebendo Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União, por meia hora. Na sequência, em reunião que durou outros 30 minutos, ele esteve com os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e com o Advogado-Geral da União, Bruno Bianco Leal.

No período da tarde, se encontrou com ministros de Estado não especificados por mais duas horas e meia. Foi depois dessa agenda que Bolsonaro fez seu primeiro pronunciamento após a derrota, no saguão do Palácio da Alvorada. A fala durou dois minutos e foi seguida do anúncio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, de que a transição de governo seria iniciada nos próximos dias. Na sequência, o presidente foi ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para se reunir com ministros da Corte.

O próximo compromisso oficial de Bolsonaro divulgado pela Presidência da República foi no dia 3, quando recebeu Célio Faria Júnior, chefe da Secretaria de Governo da Presidência por meia hora. Na sexta, dia 6, e durante o final de semana, Bolsonaro não teve agenda oficial. Por fim, na segunda-feira, dia 7, esteve por uma hora com Renato de Lima França, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Além desses compromissos oficiais registrados na agenda da Presidência, na quinta-feira, 3, Bolsonaro foi ao Palácio do Planalto e cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que tinha ido ao local para participar de uma reunião com Ciro Nogueira sobre o processo de transição de governo.

Já no domingo, 6, Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada a visita do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. O encontro não consta na agenda oficial da Presidência.

Nas redes sociais, a única publicação do presidente depois da derrota para Lula foi realizada no dia 2 novembro, quando ele divulgou um vídeo de 2 minutos e 41 segundos, no qual pediu que seus apoiadores desobstruíssem as rodovias. Ele não fez a sua tradicional "live" de quinta-feira.

Procurado pelo Estadão, o Palácio do Planalto não respondeu aos questionamentos sobre a agenda do presidente até a publicação desta reportagem.

Estadão
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