Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Ala bolsonarista ganha influência na Assembleia de SP e gera preocupação em Tarcísio

Deputados que eram oposição em gestões tucanas têm pressionado governador e dificultado trâmite de projetos de interesse do governo

23 jun 2023 - 13h19
Compartilhar
Exibir comentários
Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas
Foto: Foto: Divulgação redes sociais

A postura adotada pelos deputados bolsonaristas em relação aos Projetos de Lei (PLs) de interesse do Executivo estadual na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) revela uma discrepância em comparação aos demais membros da base governista liderada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), conforme informações do Estadão

Composto por 6 deputados, esse grupo assumiu um papel de destaque e se tornaram elementos decisivos em pautas prioritárias para o governo, após votações que evidenciaram desgastes entre os 52 deputados restantes da base.

De acordo com cálculos realizados por aliados, há uma expectativa de que, caso partidos declaradamente independentes, como a federação PSDB-Cidadania, optem por se opor ao governo em uma determinada pauta, a base governista dependerá do apoio do grupo mais radical para alcançar os 48 votos necessários e assegurar o quórum nas votações.

Isso ocorre devido ao fato de que esse grupo, que anteriormente se opunha aos governos tucanos, tem apoiado projetos do governador, mas também tem exercido pressão sobre Tarcísio quando as propostas não são de seu agrado.

Um exemplo dessa dinâmica ocorreu em 6 de junho, quando o governo enfrentou dificuldades para obter o quórum necessário para aprovar a tramitação urgente de um projeto de lei de 2021 que visava aumentar as taxas processuais cobradas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. 

Deputados relataram que, durante o intervalo da sessão, enquanto o líder do governo, Jorge Wilson (Republicanos), solicitava a presença de todos para votarem a favor da proposta, o deputado Gil Diniz (PL) pedia aos aliados que não comparecessem ao plenário.

Na votação, partidos que apoiam o governo, assim como siglas declaradas "independentes" e de oposição, optaram pela obstrução. Deputados bolsonaristas do PL, como Gil Diniz, Lucas Bove, Major Mecca, Paulo Mansur e Tenente Coimbra, abstiveram-se de registrar seus votos, indo contra a liderança partidária. Como resultado, apenas 26 deputados apoiaram a proposta, não alcançando a aprovação.

No entanto, o líder de governo Jorge Wilson (Republicanos) nega que exista dificuldade de articulação. Ao Estadão, o parlamentar argumentou que todos os projetos encaminhados pelo Executivo à Alesp foram aprovados. Aliados de Tarcísio no Palácio do Bandeirantes também vêem uma base unida, desde o começo do governo.

Grupo bolsonarista

Gil Diniz, que exerce uma liderança informal no grupo bolsonarista, também provocou um confronto com o Executivo ao convocar a presença da secretária de Cultura de São Paulo, Marília Marton, para prestar esclarecimentos sobre a programação da TV Cultura perante a Alesp. Mais tarde, porém, ele voltou atrás e transformou a convocação em um convite.

Conforme relatado pelo Estadão, a secretária de Cultura passou a ser alvo das pressões do grupo após a exibição de um documentário que abordou o papel da extrema direita nos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro em Brasília. 

Entretanto, a secretária não tem influência sobre a programação da emissora, que é controlada pela Fundação Padre Anchieta.

“O governador tem todo nosso apoio. Estamos trabalhando para aprovar os bons projetos do governo. Eu não preciso de emenda, voto por convicção. Mas alguns secretários precisam entender que nós somos políticos e trabalhamos politicamente. Não adianta falar apenas de tecnicidade quando temos uma base diversa que quer se sentir parte do governo”, disse Gil Diniz.

Anteriormente, a ala bolsonarista manifestou apoio à pré-candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL) à Prefeitura de São Paulo, enquanto Tarcísio de Freitas apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Os parlamentares realizaram reuniões frequentes na residência do ex-ministro, porém, Salles acabou retirando sua candidatura.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade