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Política

Alckmin admite sair do PSDB por candidatura ao governo de SP

Ex-governador era filiado à sigla desde 1988; PSD, de Gilberto Kassab, é o destino mais provável

11 ago 2021 - 05h10
(atualizado às 07h21)
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O ex-governador Geraldo Alckmin admitiu publicamente nesta terça-feira, 10, pela primeira vez, que vai deixar o PSDB, sigla à qual é filiado desde 1988, para disputar o governo do Estado por outro partido. Em entrevista à TV Tribuna de Santos, no litoral paulista, Alckmin foi questionado sobre a notícia de que deixaria a legenda da qual foi um dos fundadores, conforme antecipado pelo Estadão. "Devo realmente sair. A definição será nas próximas semanas", disse.

Ex-governador Geraldo Alckmin
06/09/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
Ex-governador Geraldo Alckmin 06/09/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Em caráter reservado, aliados do governador afirmam que o anúncio oficial será no dia 28 de agosto. Por ora, Alckmin ainda não deve falar sobre seu novo partido, mas o PSD de Gilberto Kassab é o destino mais provável. Alckmin e o ex-governador Márcio França (PSB) estão muito próximos e devem dividir o mesmo palanque no ano que vem, em uma coligação que deve ter o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, como candidato ao Senado.

Fundador do partido - do qual se orgulha de ter a assinatura nº 7 - Alckmin ficou isolado no PSDB quando o governador João Doria, que foi seu "afilhado" político, decidiu filiar seu vice, Rodrigo Garcia, ao PSDB para disputar o Palácio dos Bandeirantes, enquanto ele planeja disputar a Presidência.

Interlocutores de Doria tentaram nas últimas semanas abrir um canal de diálogo com Alckmin e sinalizaram que ele poderia disputar o Senado na vaga que hoje é de José Serra. Em um jantar no início de agosto, na capital, tucanos próximos ao ex-governador tentaram convencê-lo a ficar no partido e disputar prévias contra Rodrigo Garcia. O ex-governador, porém, disse aos aliados que não teria como enfrentar a máquina do governo, segundo tucanos ouvidos pela reportagem.

Estadão
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