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Política

Alckmin e Ciro pregam voto útil já no 1º turno

Presidenciáveis tentam atrair eleitores de Bolsonaro e Haddad; PT fala em 'diálogo'

16 set 2018 - 22h32
(atualizado em 17/9/2018 às 07h53)
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Com as pesquisas indicando uma consolidação de votos a favor de Jair Bolsonaro (PSL) e o crescimento do petista Fernando Haddad, os candidatos à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, e do PDT, Ciro Gomes, reforçaram ontem o discurso de defesa do voto útil ainda neste primeiro turno das eleições.

Em pesquisa divulgada pelo Ibope na terça-feira passada, Bolsonaro lidera com 26% das intenções de voto. Na sequência, aparecem Ciro Gomes, do PDT (11%); Marina Silva, da Rede (9%), e Alckmin (9%), configurando um empate técnico. Haddad tem 8%. No Datafolha publicado na sexta-feira, Ciro e Haddad empatam em segundo, com 13% cada um.

Geraldo Alckmin durante evento em Campinas, interior de São Paulo
Geraldo Alckmin durante evento em Campinas, interior de São Paulo
Foto: Luciano Claudino/ CDG / Estadão Conteúdo

Em campanha no bairro do Campo Limpo, na zona oeste da capital paulista, Alckmin afirmou que existem eleitores que declaram voto a Bolsonaro neste momento para tirar o PT do governo, mas a estratégia poderia se mostrar equivocada. "Pode ser o inverso, pode ser um passaporte para a volta do PT. Porque, no segundo turno, o Bolsonaro perde para todo mundo", disse.

Alckmin - que tem tido dificuldade para crescer nas pesquisas, mesmo com o maior tempo de TV, e voltou a ser pressionado por aliados a ser mais incisivo na campanha - também foi questionado sobre a possibilidade de atacar Haddad, que tem subido nas pesquisas desde que substituiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato).

"O que temos dito é que não é na bala nem com radicalismos da esquerda ou direita que vamos fazer a economia voltar a crescer", disse o tucano.

Ciro

A exemplo do tucano, Ciro também pregou o voto útil. Durante caminhada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, ele afirmou que o brasileiro "não quer e não merece" um segundo turno para ter de decidir entre um "fascista", numa referência a Bolsonaro, e "as enormes contradições do PT". Segundo ele, o PT "só quer se perpetuar no poder". Por isso, teria feito alianças com os senadores Eunício Oliveira e Renan Calheiros, ambos do MDB. "O PT está fazendo isso de novo, não aprendeu nada."

"Quero unir o Brasil que produz e trabalha", disse Ciro, acrescentando que sua candidatura representaria uma alternativa para a "polarização odienta" que tomou conta do País. Sobre o crescimento de Haddad nas pesquisas, Ciro afirmou que "até a reta final, ainda haverá muitos momentos de emoção e viradas".

'Diálogo'. Já o candidato do PT participou de caminhada na região da Avenida Paulista. Em conversa com jornalistas, Haddad criticou o PSDB, mas sinalizou possibilidade de diálogo com os tucanos "depois das eleições 2018". "A autocrítica do PSDB é muito importante e constrói possibilidade de diálogo depois das eleições", afirmou. Haddad se referiu à entrevista concedida ao Estado pelo senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB e presidente do Instituto Teotônio Vilela, segundo o qual o partido cometeu "um conjunto de erros memoráveis".

Para Haddad, membros do PSDB "estão devendo sua posição em virtude do fracasso do governo Temer junto com o PSDB". / COLABOROU GILBERTO AMENDOLA

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