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Política

Alckmin não vai assumir a Presidência após a cirurgia de Lula; entenda

Presidente passará por cirurgia no quadril nesta sexta-feira, mas continuará despachando do Palácio do Alvorada

28 set 2023 - 13h02
(atualizado às 13h35)
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Foto: Poder360

RIO - O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) não vai assumir a Presidência da República durante o período de recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma cirurgia no quadril nesta sexta-feira, 29. De acordo com Lula, ele trabalhará "normalmente" na capital federal.

"Só vou viajar agora dia 28 ou 29 de novembro, para os Emirados Árabes", disse Lula durante transmissão do programa "Conversa com o Presidente" - live semanal produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "Até lá, vou ficar aqui em Brasília, não vou poder pegar avião, mas vou trabalhar normalmente", disse.

O procedimento, cuja necessidade foi apontada pela equipe médica do petista, para corrigir uma artrose na cabeça do fêmur será realizado no Hospital Sírio Libanês, em Brasília.

"Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas. Se o candidato está lá, de cabeça baixa, ele não passa otimismo para a sociedade. Se eu operar agora, vão dizer que Lula está velho, ganhou a eleição e já está internado", disse Lula.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou nesta quarta-feira, 27, que não há motivos para Lula da Silva se afastar de suas atribuições.

"Não há necessidade de o presidente se afastar do cargo porque vai ser um período curto, praticamente um final de semana, e depois ele despacha do Palácio do Alvorada", afirmou no encerramento do fórum "O futuro da saúde no Brasil", da farmacêutica EMS.

"Na minha opinião, ele deve continuar, não há necessidade de nenhum afastamento do cargo", reforçou.

Presidente vai despachar do Alvorada

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) diz que, após a cirurgia, nesta sexta-feira, há previsão de que Lula fique no hospital até a próxima terça-feira, 3 de outubro. Durante a recuperação, ele não vai despachar de seu gabinete no Palácio do Planalto. O presidente deve continuar atuando do Palácio da Alvorada, residência oficial, por até quatro semanas, diz a Secom.

A cirurgia pela qual o presidente passará na sexta-feira para eliminar as dores que sente no quadril será com anestesia geral. O procedimento é uma artroplastia total de quadril, no lado direito, pelo qual será instalada uma prótese no lugar das partes lesionadas.

O artigo 79 da Constituição prevê que o vice "substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o vice-presidente."

Em caso de ausência do presidente eleito, o cargo é assumido, primeiramente, pelo vice-presidente. Caso o vice também esteja ausente, os substitutos possíveis são o presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, respectivamente.

Estadão
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