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Política

Além de celular, PF apreendeu pendrive na casa de Bolsonaro

Dados podem ser utilizados em outras investigações; Bolsonaro é alvo de inquérito sobre suposta fraude em cartões de vacinação

4 mai 2023 - 09h08
(atualizado às 10h37)
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O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
Foto: Reuters/Adriano Machado

A Polícia Federal também apreendeu um pendrive na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Operação Venire, que  investiga suposta fraude no cartão de vacinação do político. O celular dele também foi confiscado por agentes da Polícia Federal na manhã de quarta-feira, 3. 

A informação foi confirmada pelo jornal O Globo. Agora, tudo será periciado e poderá ser usado como provas em outros inquéritos que já estão em andamento. Sobre a apreensão, Bolsonaro afirmou em entrevista à jornalistas que o aparelho não possuía senha.

Ainda na quarta, em primeiro momento, houve a divulgação que o celular de Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama, também tinha sido apreendido. No entanto, ela desmentiu a informação em publicação no Instagram. 

"Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa. Não sabemos o motivo, e nem o nosso advogado teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido", escreveu.

O passaporte do ex-presidente não foi confiscado. A informação foi confirmada pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a operação. Segundo o STF, é a PF que deve decidir o que é de interesse da investigação ou não.

Além do endereço de Bolsonaro, outros 15 foram alvos de busca e apreensão, e neles mais pendrives foram apreendidos. 

Operação Venire

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso nesta quarta-feira, 3, pela Operação Venire, da Polícia Federal. Além dele, mais 5 pessoas foram presas

• Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;

• Sergio Cordeiro, militar do Exército Brasileiro e também segurança de Bolsonaro;

• Luís Marcos dos Reis, sargento do exército que foi assessor de Bolsonaro e trabalhou com o ajudante de ordens Mauro Cid;

• João Carlos de Souza Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ);

• Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército que se candidatou pelo PL à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na última eleição.

Também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo, estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celular dele; o da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro teria sido poupado. A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:

• Jair Bolsonaro;

• Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente; 

• Mauro Cid, além da mulher e filha dele.

A operação foi realizada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos foram supostamente inseridos, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. O objetivo era burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos.

Bolsonaro foi para os EUA no final de seu mandato, juntamente com os dois seguranças presos. A falsificação de documentos para entrar nos Estados Unidos pode levar a dez anos de prisão em solo americano por fraude. Em 2021 o país incluiu na lista desses documentos a certificação da vacina contra a covid-19 e a obrigatoriedade da imunização contra a doença em solo americano segue obrigatória até o dia 12 de maio deste ano.

Fonte: Redação Terra
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