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Política

Aliada de Aras relativiza mortes da pandemia no STJ

"Estão politizando o covid", afirmou Lindôra Araújo

8 abr 2021 - 18h36
(atualizado às 18h56)
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A subprocuradora Lindôra Araújo relativizou o número de mortos por covid-19 durante sessão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo ela, se for analisado a relação de óbitos pela doença com o número de habitantes, o Brasil seria o 47º País mais atingido pela pandemia. A declaração foi dita nesta quarta, 7, um dia depois do recorde de quatro mil mortes por covid registradas em um único dia. "Estão politizando o covid", afirmou.

Lindôra Araújo
Lindôra Araújo
Foto: IstoÉ

"Apesar dessa coisa que o 'Brasil é o segundo País do mundo' (com mais óbitos por covid), ele é o 47º. O Brasil tem 220 milhões de habitantes e a gente lê a manchete e fica muito apavorada, mas em números relativos, nós estamos em 47º lugar", afirmou. "Estão politizando o covid. Gente, o covid está no mundo inteiro. Parece que (o Brasil) é o único País do mundo que tem covid quando se lê a manchete. Parece que só o Brasil tem covid, eu estou muito apavorada".

Aliada do procurador-geral da República Augusto Aras, Lindôra Araújo é vista pelos colegas como um nome associado ao bolsonarismo. A sua declaração no STJ ocorreu em um momento em que a Corte prestava homenagens ao ex-ministro Paulo Medina, que morreu de covid no sábado, 3.

Durante seu pronunciamento, a subprocuradora defendeu que as pessoas devem parar de 'condenar o que está acontecendo' e 'evitar brigas políticas'. "Vamos rezar pelos mortos e tentar ajudar o País", afirmou.

O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, acompanhou Lindôra e afirmou que 'a pandemia será vencida com a misericórdia divina'. Martins é um dos nomes cotados para uma indicação do presidente Jair Bolsonaro à uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

"Temos que ter fé, amor, esperança e marchamos unidos, de mãos dadas e com fé e oração. Vamos vencer essa pandemia e passar por esse momento de lágrimas e ansiedade. Deus é um Deus de poder e a Sua palavra tem muita força", disse o ministro.

Estadão
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