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Política

Alterações partidárias: Alckmin fora do PSDB e Freixo no PSB

Mudanças são influenciadas por fatores como a filiação do presidente Bolsonaro ao PL ou a movimentação do PT em busca de alianças

24 dez 2021 - 09h26
(atualizado às 09h37)
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Enquanto os principais partidos brasileiros definem seus presidenciáveis para 2022, parlamentares já se organizam para aproveitar a chegada da janela partidária e escolher as siglas com as quais vão disputar as próximas eleições. Algumas trocas ou saídas são influenciadas por fatores como a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL ou a movimentação do PT em busca de alianças na centro-esquerda para a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma das mudanças mais discutidas foi a desfiliação do ex-governador Geraldo Alckmin do PSDB, partido que defendeu por 33 anos. O ex-tucano ainda não anunciou para qual legenda deve seguir, mas mantém conversas com o PSB, o Solidariedade e o PSD. Alckmin pode integrar uma chapa com Lula em 2022.

Agora, Geraldo Alckmin ficou mais próximo de Lula
Agora, Geraldo Alckmin ficou mais próximo de Lula
Foto: Jonne Roriz / Estadão

Com a possível chegada de Alckmin no palanque e em meio às articulações para a formação de uma federação partidária de centro-esquerda , o PT também tem arregimentado nomes para as disputas no ano que vem. Um deles é o senador Fabiano Contarato, que participou ativamente das discussões no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele deixou a Rede a convite de Lula e afirmou que a mudança veio em "momento oportuno".

Também orbitando a candidatura de Lula em 2022, o deputado federal Marcelo Freixo deixou o PSOL após 16 anos e migrou para o PSB com a intenção de ser candidato ao governo do Rio de Janeiro. O PSB também tenta filiar outros nomes de peso, como o governador maranhense Flávio Dino, a ex-deputada Manuela D'Ávila e o deputado Orlando Silva, todos do PCdoB.

Já o PDT, partido do pré-candidato Ciro Gomes, fechará o ano com ao menos dois representantes a menos no Congresso: o deputado federal por Pernambuco Túlio Gadelha, que anunciou filiação à Rede nesta semana e a deputada federal por São Paulo, Tabata Amaral, que saiu da sigla após conflitos com a direção partidária e seguiu para o PSB.

A chegada de Bolsonaro ao PL também motivou movimentações na legenda. Conforme o Estadão mostrou, o interesse do presidente é trazer ao menos cinco ministros para a sigla, na tentativa de emplacar candidatos a governador. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, abriu a lista e se filiou à sigla ao lado do senador Flávio Bolsonaro (RJ). Flávio deixou o Patriota para acompanhar o pai no novo partido.

O ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) deve disputar o governo de São Paulo e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) vai concorrer ao governo do Rio Grande do Sul. Marcelo Queiroga (Saúde) e Gilson Machado (Turismo) também negociam a entrada no PL.

Mas não há consenso na legenda sobre o apoio a Bolsonaro em 2022. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), pediu para deixar o PL sem perder o mandato, alegando desfiliação por justa causa depois que Bolsonaro se filiou. A solicitação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso. Outro político que decidiu deixar a legenda foi o vereador Thammy Miranda, de São Paulo. Ele anunciou sua saída do PL um dia após a filiação de Bolsonaro.

Políticos atualmente sem cargo seguem o movimento para 2022. Nome próximo a Valdemar Costa Neto, o ex-deputado federal Milton Monti também anunciou sua saída do partido com a chegada de Bolsonaro. Já a ex-deputada federal, a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil, disse que vai deixar o PTB após disputas internas.

Segundo o Uol, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha também está insatisfeito com a própria legenda e deve trocar o partido pelo União Brasil no ano que vem. Em 2016, 52 deputados medebistas votaram favoráveis ao processo que determinou a cassação de seu mandato.

Estadão
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