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Política

Análise: 'Gabinete do ódio' preocupa cúpula do Parlamento

Crítica de Rodrigo Maia a 'fake news' distribuídas pelo Planalto mira grupo ideológico do governo

7 mar 2020 - 05h10
(atualizado às 10h17)
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A crítica do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao "entorno do governo" tem endereço certo: o " gabinete do ódio" instalado no Palácio do Planalto, com mensagens replicadas por redes sociais bolsonaristas.

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
05/04/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia 05/04/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Trata-se de um "bunker ideológico", sob a supervisão do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro, que adota um estilo beligerante nas mídias digitais. Seus alvos preferidos são o Congresso - com artilharia pesada direcionada para Maia -, os militares, a imprensa e o Judiciário.

Os ataques aumentaram com a convocação das manifestações do dia 15. Maia tem demonstrado preocupação com a escalada autoritária no País em conversa com vários interlocutores, de políticos a empresários, passando por magistrados. Um deles é o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A portas fechadas, o deputado avalia que é importante uma reação mais forte de Toffoli diante da crise.

O desfecho da CPI das Fake News também pode se virar contra Bolsonaro. Com esse diagnóstico, o presidente decidiu lançar uma "vacina" nas transmissões que faz ao vivo pela internet.

Em muitas dessas ocasiões, ele diz que não é fácil governar e joga a culpa no Congresso. Às vésperas dos atos do dia 15, seguidores de Bolsonaro compartilham trechos dessas "lives" com a imagem de Maia em um canto, ladeada pelos dizeres "Agradeçam a esse Filho da P...!"

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