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Política

André Mendonça reage a declaração de Gilmar Mendes sobre suposta 'narco-milícia evangélica'

Mendonça, que é pastor presbiteriano, divulgou nota pública em rede social dizendo que conversou com Mendes sobre o ocorrido

13 mar 2024 - 14h38
(atualizado às 17h14)
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Resumo
André Mendonça reagiu à entrevista de Gilmar Mendes, relatando que conversou com o ministro sobre a fala ocorrida em uma reunião do STF, e enfatizou que qualquer conduta ilícita da rede evangélica deve ser responsabilizada.
André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foto: Carlos Moura/SCOSTF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça emitiu uma nota pública pelas redes sociais a respeito de uma declaração feita pelo ministro Gilmar Mendes a respeito de uma suposta "narco-milícia evangélica".

Gilmar Mendes disse, em entrevista à GloboNews, nesta terça-feira, 12, que durante uma reunião técnica do STF, um dos oradores advertiu para a existência de uma "narco-milícia evangélica", que atuaria no Rio de Janeiro e que teria um acordo entre narcotraficantes, milicianos e membros de uma rede evangélica.

A frase foi dita enquanto ele comentava sobre a "sofisticação" do crime organizado no Brasil. Nas próprias redes sociais, Gilmar Mendes disse que "um país assume a condição de 'Narcoestado' quando o poder do tráfico tem domínio de suas instituições sociais e políticas". Sobre a entrevista, ele completou: "Mostrei que os sinais estão aí: facções invadindo os espaços da democracia e da religião, ambos sagrados para o Estado Democrático de Direito."

André Mendonça rebateu as falas de Gilmar Mendes por meio de nota, dizendo que os dois conversaram sobre o assunto. "Primeiramente, registro que conversei com o Ministro Gilmar Mendes sobre o ocorrido. Na ocasião, sua Excelência reafirmou-me (i) seu respeito à comunidade evangélica, (ii) que de sua parte não houve qualquer intenção em constranger seus membros e (iii) que estaria à disposição da liderança da Igreja para conversar e esclarecer o assunto", iniciou.

Depois, Mendonça diz que é importante ressaltar que a fala do orador durante a reunião no STF teria sido generalizada e grave, com teor discriminatório e preconceituoso contra os evangélicos. "De outra parte, posso afirmar, com muita segurança, que se há uma rede evangélica nesse país, ela é composta por mais de 1/3 da população, a qual se dedica sistematicamente a prevenir a entrada ou retirar pessoas do mundo do crime, em especial, aqueles relacionados ao tráfico e uso de drogas, que tanto sofrimento causam às famílias brasileiras", defendeu.

O ministro, que é pastor presbiteriano, afirmou ainda que os evangélicos têm atuação vinculada a obras sociais, em temas como educação, cultura e saúde, entre outros.

Ele finalizou a nota pública dizendo que, se realmente existir uma "narco-milícia evangélica", que a própria igreja é a maior interessada na apuração dos fatos e que os crimes devem ter o devido encaminhamento. "Espera-se, assim, que eventuais condutas ilícitas dessa natureza sejam objeto de responsabilização, independente da religião professada de forma hipócrita, falsa e oportunista por quem quer que seja", finalizou.

Fonte: Redação Terra
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