Após a saída de Moro, Bolsonaro se reúne com aliados
Jorge Antônio de Oliveira Francisco, cotado para assumir o Ministério da Justiça, está entre os presentes
Recolhido no Palácio do Alvorada neste sábado de manhã deste sábado, 25, após a conturbada saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o presidente da República, Jair Bolsonaro, recebe a vista de uma série de aliados em sua residência.
Um dos primeiros a chegar ao local, sem falar com a imprensa foi o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), um dos maiores defensores de Bolsonaro no plenário da Câmara. Na sequência, veio o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco. Ele é um dos cotados para assumir a cadeira deixada por Moro.
O secretário de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, chegou caminhando ao Alvorada na companhia do secretário da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, mas ao se aproximar do portão, pegaram carona em um outro carro que entrava na residência do presidente da República. Não foi possível identificar o passageiro desse veículo.
O general , ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também chegou sem falar com a imprensa.
O ex-juiz da Operação Lava Jato Sérgio Moro pediu demissão do ministério da Justiça nesta sexta-feira, 24. Ele anunciou sua saída do governo Bolsonaro em um pronunciamento. Na fala, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência.
À tarde, o presidente Jair Bolsonaro rebateu as acusações do ex-ministro da Justiça e disse que Moro condicionou troca de Maurício Valeixo na diretoria-geral da Polícia Federal à indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro nega.
Mais cedo, Bolsonaro postou no Twitter uma foto em que aparece abraçando o ex-ministro Sérgio Moro. Na imagem, um texto destaca o apoio do presidente no período em que o site jornalístico The Intercept fazia denúncias contra Moro, batizadas de "VazaJato". A publicação exibiu à época várias mensagens trocadas entre o então juiz e a equipe que investigava a Operação Lava Jato.