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Política

Após prisão de Temer, PT critica Lava Jato e pede provas

Ex-presidente Michel Temer foi preso nesta quinta-feira em um desdobramento da Operação Lava Jato

21 mar 2019 - 15h01
(atualizado às 17h39)
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Em nota oficial após a prisão do ex-presidente Michel Temer, o Partido dos Trabalhadores disse esperar que a ação da Polícia Federal esteja baseada em "fatos consistentes". O comunicado cita o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo a sigla, ocorreu apenas com "especulações e delações sem provas". Além de Temer, a ação da Polícia Federal desta quinta-feira (21) também mirou os ex-ministros Moreira Franco - que já foi preso -, Eliseu Padilha e outros sete alvos, em um desdobramento da Operação Lava Jato.

Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT)
Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT)
Foto: Adriano Machado / Reuters

Assinado pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes petistas no Congresso, Humberto Costa (Senado) e Paulo Pimenta (Câmara), o texto faz ressalvas com relação às prisões. O PT diz que, se não houver provas contra Temer, a operação terá sido "mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos".

O partido não deixou de criticar Temer, que assumiu o cargo mais alto da República após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria. No entanto, é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população".

O partido criticou ainda o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sérgio Moro, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o PT, todos estariam a serviço de interesses estrangeiros no Brasil, com "apoio da mídia conservadora".

Leia abaixo a íntegra da nota oficial do PT:

"O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT.

Temer assumiu a presidência em um golpe deplorável. Sua agenda no governo levou ao aumento da desigualdade e da miséria, no entanto  é somente dentro da lei que se poderá fazer a verdadeira Justiça e punir quem cometeu crimes contra a população. Caso contrário, estaremos diante de mais um dos espetáculos pirotécnicos que a Lava Jato pratica sistematicamente, com objetivos políticos e seletivos.

O que fica evidente é que, cumpridos os objetivos do golpe do impeachment de 2016 e da proibição ilegal a Lula de concorrer as eleições de 2018, seus principais artífices estão sendo descartados pelos que realmente movimentaram os cordéis: o sistema financeiro, os representantes dos interesses estrangeiros no país, com o apoio da mídia conservadora. Isso vale para a própria Lava Jato e seu comandante, Sergio Moro, que travam hoje uma encarniçada luta pelo poder contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a cúpula da PGR."

Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT

Humberto Costa, líder do PT no Senado

Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara

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Veja o momento da prisão do ex-ministro Moreira Franco:
Fonte: Redação Terra
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