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Política

Após protestos, governo diz que enfrenta crise com humildade

Ministros defenderam diálogo com a sociedade que foi às ruas e defenderam política econômica

16 mar 2015 - 14h05
(atualizado às 14h25)
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Ministros falam à imprensa após reunião com Dilma e Temer
Ministros falam à imprensa após reunião com Dilma e Temer
Foto: Agência Brasil

Depois de uma reunião ministerial para avaliar as manifestações de domingo, os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e José Eduardo Cardozo (Justiça) evitaram citar erros do governo federal na condução da política econômica, mas falaram em “humildade”. Escalados pela presidente Dilma Rousseff para comentar a reunião, Cardozo e Braga repetiram o discurso adotado ontem de que o Palácio do Planalto precisa ouvir a voz das ruas e dialogar com a sociedade.

“O governo entende também que, com humildade, tem buscado enfrentar uma grande crise econômica não só nos nossos países parceiros, mas também uma crise que bateu à nossa porta. O governo entende que governa para os 200 milhões de brasileiro, para aqueles que votaram e confiaram no projeto e para aqueles que votaram contra”, disse Braga.

"É necessário uma reforma política", diz ministro da Justiça:

A palavra foi repetida por Cardozo, ao falar que o governo está disposto a receber propostas da sociedade e de lideranças da oposição sobre o pacote de medidas contra a corrupção, que Dilma pretende anunciar até o fim da semana. "Nós queremos ouvir a sociedade sobre essas propostas. E se elas vierem de lideranças oposicionistas, que bom", disse. "Foi muito feliz o ministro Eduardo Braga em dizer que ouvir exige um ato de humildade e um ato de respeito. E o governo respeita e quer ouvi-las."

Os ministros mantiveram o discurso de que o Palácio do Planalto faz “correções de rumo” na economia, depois de ter tentado atenuar a crise internacional com desonerações de impostos. Braga disse que os subsídios do governo chegaram a um limite. “Nós chegamos ao limite, precisamos compartilhar com todos o desafio, porque não temos mais como segurar esses subsídios e ações.”

“Só não erra quem não faz, mas há uma distancia muito grande entre os que querem acertar e quem defende o quanto pior melhor. Nossa política é de quem quer acertar”, afirmou Braga, que dividiu as falas com o colega.

Fonte: Terra
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