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Política

Aras quer intimação de cúpula da CPI por vazamento de dados

A partir de notícia crime apresentada por Carlos Bolsonaro, PGR quer que Renan Calheiros e Omar Azis prestem esclarecimentos sobre suposta divulgação de dados sigilosos durante os trabalhos da comissão

3 fev 2022 - 08h13
(atualizado às 08h30)
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 Procurador-Geral da República, Augusto Aras
Procurador-Geral da República, Augusto Aras
Foto: Foto: Fellipe Sampaio | SCO | STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que intime a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid para prestar esclarecimentos sobre suposta divulgação de informações sigilosas durante os trabalhos do colegiado. Os alvos do requerimento são o ex-presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), e o ex-relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

A petição foi autuada a partir de notícia-crime formulada pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). O filho presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirma que Renan leu trechos de um inquérito com decretação de sigilo judicial durante a oitiva do ex-Secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten, em 12 de maio. O sigilo da peça foi retirado em 4 de junho.

Ao Estadão, o senador Renan Calheiros afirmou que a investigação da CPI seguiu "critérios técnicos" e não teve o objetivo de vazar o inquérito. "Não houve vazamento de absolutamente nenhuma informação sigilosa", declarou.

Além de Renan, o documento pede a intimação de Omar Aziz porque este, na condição de presidente do colegiado, "presenciou os fatos e quedou-se inerte, sem adotar providência alguma, mesmo sendo devidamente provocado".

"Para possibilitar uma melhor análise dos fatos, faz-se mister a informação pelos representados para esclarecimento", diz o requerimento, que foi protocolado nesta quarta-feira, 2.

Instaurado em 2020, o inquérito sobre o qual o PGR pede esclarecimentos estava sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes e investigava a organização e o financiamento de atos antidemocráticos ocorridos em Brasília. Em julho de 2021, pouco menos de um mês após o levantamento do sigilo, o ministro determinou o arquivamento da peça.

Procurado, o senador Omar Aziz não se manifestou até a publicação deste texto.

Estadão
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