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Política

Argentino acusado de tortura na ditadura é preso no Rio

Ex-oficial foi responsabilizado por assassinatos de estuantes, sindicalistas e políticos de oposição

12 mai 2020 - 09h12
(atualizado às 09h32)
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A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde desta segunda-feira, 11, em Paraty, um ex-oficial da Marinha Argentina, de 69 anos, acusado por prática de crimes contra a humanidade e sequestro. Em seu país de origem, o ex-militar é suspeito de fazer parte da equipe de operações do Grupo de Tarefas da Escola Mecânica Armada da Marinha Argentina (ESMA) e foi responsabilizado por assassinatos de estudantes, sindicalistas e políticos de oposição, cujos corpos teriam sido jogados ao mar nos chamados "voos da morte".

No dia 31 de março, milhares de pessoas foram às ruas do Brasil protestar contra a ditadura
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Foto: DW / Deutsche Welle

O Pedido de Prisão Preventiva para fins de Extradição foi formulado pela representação nacional da Interpol com base nas informações incluídas pelas autoridades argentinas na lista de Difusão Vermelha da organização.

A autorização da extradição para a Argentina foi dada em 2019 pelo Supremo Tribunal Federal e no dia 29 de janeiro, o ministro Luiz Fux, vice-presidente da Corte Suprema, determinou a expedição do mandado de prisão para fins de extradição que foi cumprido nesta segunda.

Segundo a PF, o acusado já havia sido preso preventivamente para fins de extradição, em 2013, em Angra dos Reis, cidade próxima a Paraty, mas em 2016 foi posto em prisão domiciliar por uma decisão judicial. Desde a decisão dada pelo Supremo no ano passado o ex-oficial estava foragido, indicou a corporação.

Estadão
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