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Política

Assessor de Bolsonaro movimentou R$ 3,3 milhões em operações suspeitas, diz Coaf

O salário mensal do militar era somente de R$ 24 mil, pagos pelo Exército e governo federal

14 ago 2023 - 21h02
(atualizado às 21h03)
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Foto: Reprodução

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sargento Luis Marcos dos Reis, movimentou ao menos R$ 3,3 milhão em suas contas entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O salário mensal do militar era somente de R$ 24 mil, pagos pelo Exército e governo federal, ou seja, os valores são bem acima dos vencimentos do sargento. Os detalhes do documentos foram revelados pela Folha. 

De acordo com relatório enviado à CPI do 8 de janeiro, o militar movimentou mais dinheiro do que, em registro, deveria receber e isso poderia ser utilizado para burlar a origem e o destino das verbas transferidas de maneira ilegal. 

Ele está preso desde maio, em operação que investiga a inserção fraudulenta de dados no cartão de vacinação de Bolsonaro. O chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, também foi detido na época. 

Segundo o Coaf, o sargento recebeu R$ 1.501.767,00 e debitou R$ 1.459.300,00 de uma mesma conta do Banco do Brasil, entre 1º de fevereiro de 2022 e 20 de janeiro deste ano. Durante as transações, foram feitas 215 operações via Pix, totalizando mais de R$ 336 mil, 49 saques, nos valores de R$ 22 mil, e 39 transferências de natureza não especificada que chegam a R$ 24 mil.

Para operações via DOC (Documento de Ordem de Crédito) e TED (Transferência Eletrônica Disponível), foram R$ 694,5 mil transitados em um período de 11 meses. 

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O relatória ainda divulgou que quem mais se beneficiou das transações foi o próprio sargento, em outras contas que teriam seu nome como ttiular. Mauro Cid, recebeu ao menos R$ 70 mil do colega em quatro depósitos. Outros militares também são citados pelo Coaf como beneficiários das transferências de Dos Reis.

"Principais lançamentos a crédito e a débito referem-se as transações envolvendo mesma titularidade e pessoas físicas e jurídicas de ramos diversos, das quais destacamos Mauro Cesar Barbosa Cid, já relacionado em comunicação de operações suspeitas e para o qual consta mídia desabonadora sobre suposto envolvimento em crime de lavagem de dinheiro", diz um trecho do relatório do órgão.

Mesmo após a saída do governo, em janeiro deste ano, ex-ajudante de ordens recebeu R$ 11,7 mil em uma transferência feita por Mauro Cid. Além disso, realizou débitos que chegam R$ 213.294,00, mas outros R$ 167.418,00 entraram em sua conta.

"Considerando a movimentação atípica, sem clara justificativa e as citações desabonadoras em mídia, tanto do analisado [Reis] quanto do remetente de recursos [Cid], comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro, ou com ele relacionar-se", diz o documento.

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Dos Reis é um dos citados em diálogos obtidos pela Polícia Federal (PF) sobre a possibilidade de um eventual golpe de Estado. Ele mandou a interlocutores, por exemplo, diversas imagens do ataque golpista em Brasília, que podem comprovar a sua participação no 8 de janeiro.

Fonte: Redação Terra
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