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Política

Assessor de Marina Silva elogia política econômica de Lula, mas critica Dilma

19 ago 2014 - 22h56
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O economista Eduardo Gianetti, um dos principais assessores econômicos de Marina Silva e que deve ser oficializada como candidata presidencial do PSB no lugar do falecido Eduardo Campos, destacou nesta terça-feira a política econômica do ex-presidente Lula, mas criticou sua sucessora, Dilma Rousseff.

"Na política 'macro', o governo Lula aceitou o compromisso com o 'tripé econômico' (inflação, câmbio e juros), fazendo de uma forma mais séria o que fazia Fernando Henrique Cardoso", declarou Gianetti em uma conferência na Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

Apesar de sua proximidade com Marina, Gianetti evitou falar no nome da provável candidata do PSB, mas reforçou seu apoio ao programa de governo proposto por Eduardo Campos.

Gianetti ressaltou que Lula, em matéria econômica, conseguiu "a independência do Banco Central e o sistema flutuante (de câmbio), o que não é fácil de aceitar. De maneira geral, foi uma grata e boa surpresa com esses compromissos".

No entanto, o economista e diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou o baixo crescimento do país desde 2010.

"O Brasil teve um alto desempenho econômico até 2010, mas o governo Dilma tornou frágil nosso 'tripé', deixando para trás a melhoria dos negócios e apostando em uma 'microgerência' da economia. O que é muito arriscado", opinou.

Para Gianetti, a vulnerabilidade do Brasil a fatores externos voltou: "O mundo não está nos ajudando e o nosso desempenho econômico está deteriorado. Não estávamos preparados para lidar com esta realidade". Além disso, alertou sobre o perigo de uma "argentinização" por não reconhecer os erros e defender uma reeleição.

De acordo com Gianetti, caso aconteça uma vitória da oposição nas eleições, seja com Aécio Neves ou Marina Silva, o novo governo deverá nos primeiros meses de seu mandato realizar "ações corretivas" para restabelecer uma base de política econômica "macro e micro".

"O Brasil necessita de produtividade e ainda estamos em um 'dividendo' demográfico", afirmou o economista.

EFE   
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