Ataque a bomba no DF: jornalista foragido foi autuado após violar caixão e expor foto do cadáver
Wellington Macedo publicou fake news sobre a primeira morte de Covid-19 em Sobral; ele responde pelo crime de vilipêndio de cadáver.
O jornalista cearense Wellington Macedo de Souza, 47 anos, procurado por tentar explodir uma bomba perto do aeroporto do DF em dezembro do ano passado, foi autuado pela Justiça do Ceará por violar um caixão e expor o cadáver de uma mulher em Sobral.
De acordo com informações de documentos obtidos pelo O globo, Macedo usou a foto da mulher morta para divulgar uma fake news sobre a primeira vítima de Covid-19 na cidade de Sobral.
À época, ele fez uma postagem do caixão aberto com o corpo e um papel escrito "Óbito Covid-19". Na legenda, Macedo afirmou que a mulher era a primeira vítima do vírus na cidade. O caso ocorreu em março de 2020, quando o município ainda não tinha registrado óbitos pela Covid.
A mulher citada por Wellington, no entanto, era uma moradora da localidade de Rasteira, na cidade de Forquilha, que havia sido transferida para o Hospital Regional Norte (HRN). Posteriormente ficou comprovado que o óbito dela não foi por Covid. Desde então, ele responde pelo crime de vilipêndio de cadáver.
Quem é Wellington Macedo de Souza ?
Macedo é natural de Sobral e já havia sido preso pela Polícia Federal após ser acusado de articular atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021. Em outubro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes determinou o relaxamento da pena por entender que não havia mais justificativa para a manutenção da prisão.
Desde então, o jornalista cumpria prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica. Agora, ele é considerado foragido pela Justiça depois de retirar, de maneira ilegal, o equipamento de monitoramento.