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Política

Autor da PEC da 2ª instância deve apresentar novo texto

Proposta não avançou na CCJ da Câmara nesta segunda-feira (11)

11 nov 2019 - 23h03
(atualizado em 12/11/2019 às 07h45)
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Sem conseguir avançar na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara com a proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a prisão após condenação em segunda instância, deputados tentaram costurar um acordo para resolver um dos principais impasses do texto, que é a possibilidade da matéria ferir cláusula pétrea da Constituição. Nova reunião do colegiado foi marcada para a manhã desta terça-feira (12).

O deputado Alex Manente (à direita), do CIDADANIA-SP, ao lado do presidente da CCJ da Câmara, Felipe Francichini,(PSL-PR)
O deputado Alex Manente (à direita), do CIDADANIA-SP, ao lado do presidente da CCJ da Câmara, Felipe Francichini,(PSL-PR)
Foto: RENATO COSTA /FRAMEPHOTO / Estadão

A questão foi levantada ainda no domingo à noite pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Por PEC, tem de ser algo que respeite o que é cláusula pétrea na Constituição. Se (a proposta) for aprovada modificando o artigo 5º, vamos manter a instabilidade política. Se queremos dar uma solução definitiva para a segunda instância, precisamos pensar em alguma mudança constitucional", disse o parlamentar.

O texto de 2018, do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), altera o inciso 57 do artigo 5º da Constituição. Ainda no início do dia, Manente acreditava que sua proposta pudesse avançar. "Essa semana talvez não dê tempo porque a discussão deve ser interminável e vamos só até terça-feira por causa do Brics (encontro de cúpula que será realizado em Brasília). Votação provavelmente semana que vem", afirmou.

Porém, na CCJ, que começou com mais de quatro horas de atraso, apenas dois requerimentos de obstrução foram votados pelos deputados presentes até às 22h. Enquanto isso, nos bastidores, Maia tentava costurar um acordo com os partidos para um novo texto que não ferisse a cláusula pétrea da Constituição e que pudesse avançar com mais aceitação.

Já no início da noite, o deputado Alex Manente passou a recolher assinaturas para apresentação de uma nova PEC, ainda de sua autoria, mas que propõe mudanças nos artigos 102 e 105 da Constituição, para limitar o número de recursos judiciais e definir na Constituição Federal o que é trânsito em julgado, esclarecendo que o fim dos recursos se daria após a decisão de segunda instância. A intenção é que essa segunda PEC seja relatada pela mesma relatora da anterior, Caroline de Toni (PSL-SC).

A intenção é que Manente junte o novo texto à PEC anterior e a relatora elimine a mudança do artigo 5º do seu relatório.

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