Barros apresenta PL para criminalizar pesquisas, e base já corre com assinaturas de requerimento de urgência
Bolsonaro, somado o apoio da base com o dos partido do Centrão, tem força para contabilizar pelo menos 257 votos, fazendo com que a proposição seja aprovada
Líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) protocolou por volta das 12h30 desta quinta-feira(6), o projeto de lei (PL) que objetiva criminalizar as pesquisas eleitorais que tenham informações incorretas - a proposição ficou com o número 2567/2022.
A base de apoio da Casa iniciou o recolhimento de assinaturas para apresentar requerimento de urgência da proposta, a fim de que a discussão não precise passar por comissões e seja levada direto ao plenário nos próximos dias. A BM&C News apurou que o PL é de interesse da Presidência da Casa, o que contribui para que, uma vez sendo aprovado o requerimento de urgência, a matéria ganhe protagonismo para ser votada.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, cancelou a sessão desta quinta, mas deixou previamente marcada para segunda-feira e terça-feira, dias 10 e 11, da próxima semana sessões, que vão ocorrer de maneira remota. A ementa do PL 2567/2022 que estabelecer normas "para tipificar a conduta de publicar pesquisa eleitoral com dados que divergem, além da margem de erro, dos resultados apurados nas urnas e dá outras providências."
Bolsonaro, somado o apoio da base com o dos partido do Centrão, tem força para contabilizar pelo menos 257 votos favoráveis ao projeto, fazendo com que a proposição seja aprovada sem grandes dificuldades.
Em entrevista à BM&C News, nesta terça-feira (4), Ricardo Barros afirmou que as pesquisas eleitorais são uma "interferência totalmente indevida".
O deputado destacou que as pessoas mudam de voto em função dos resultados da pesquisa divulgada. "Temos que evitar que esse mercado de influenciar eleitores seja explorado por veículos de comunicação e por institutos de pesquisas", disse Ricardo Barros.
"Se não é possível assegurar os resultados das pesquisas, então não vamos publicar pesquisas", finalizou Barros.
Confira a análise: