A Câmara apresentou recorde de desestrutura nas votações nominais no mês de fevereiro entre os partidos da base aliada do governo de Dilma Rousseff, que está tão desunida quanto a base do governo Lula durante a crise do mensalão, em 2006. Segundo o levantamento do Estadão Dados, os dois períodos registraram um pico na falta de coesão dos partidos, através das votações dos deputados federais.
Segundo a publicação do jornal neste domingo, os níveis de dispersão variam entre zero – quando todos deputados do mesmo partido votam de maneira idêntica em todas as votações – e 10 – quando a dispersão é máxima dentro da sigla. No mês de fevereiro deste ano, chegou a três, abaixando um pouco em março, com 2,5. Neste período, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou a lista de parlamentares investigados no escândalo da Petrobras.
O partido com maior índice de dispersão foi o PP, mais citado pela Operação Lava Jato, apresentando índice de 4,8. O PMDB também registou nível alto, 2,8, em março. Antes disso, tais números só foram tão altos durante setembro de 2006, no auge da crise do mensalão, atingindo 2,6.
Os quadros da Câmara durante os governos Lula e Dilma, ao redor de 15 meses de gestão, mostram governos fortes, com partidos de base aliada com alta taxa de fidelidade nas votações e relativa coesão nas bancadas. Atualmente, só o PT e alguns nanicos se mantêm com fidelidade superior a 90%. O PMDB, que já foi o principal aliado dos petistas na Câmara dos Deputados, desabou para o 13.º lugar no ranking do governismo.
(À esquerda) o ex-deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP)
Foto: Câmara / Divulgação
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Foto: Reuters
O senador Fernando Collor (PTB-AL)
Foto: Agência Brasil
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Foto: Agência Brasil
O deputado federal João Alberto Pizzolatti Jr (PP-SC)
Foto: Twitter / Reprodução
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Foto: Daniel Ramalho / Especial para Terra
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
Foto: Reuters
O senador Edison Lobão (PMDB-MA)
Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação
A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB-MA)
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
O senador Humberto Costa (PT-PE)
Foto: José Cruz / Agência Brasil
O deputado federal José Mentor (PT-SP)
Foto: Divulgação
O senador Ciro Nogueira (PP-PI)
Foto: Twitter
O deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA)
Foto: Reprodução
O ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA)
Foto: Divulgação
(À direita) o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE)
Foto: Agência Brasil
O ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT)
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Foto: Pedro França / Futura Press
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO)
Foto: Divulgação
O ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci (PT-SP)
Foto: IstoÉ
O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Foto: Ascon de Antônio Anastasia / Divulgação
A ex-deputada federal Aline Corrêa (PP-SP)
Foto: Divulgação
O deputado federal José Otávio Germano (PP-RS)
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Nelson Meurer (PP-PR)
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Simão Sessim (PP-RJ)
Foto: Agência Câmara
O senador Benedito de Lira (PP-AL)
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS)
Foto: Divulgação
O deputado federal Anibal Ferreira Gomes (PMDB-CE)
Foto: Agência Câmara
O tesoureiro do PT João Vaccari Neto
Foto: Roosewelt Pinheiro / Agência Brasil
O lobista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB