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Política

Bolsonaro concorda em afastar Carlos de questões do governo

Presidente teve conversas com ministros e assessores no Palácio da Alvorada e fez telefonemas para costurar fim da crise com Bebianno

15 fev 2019 - 14h37
(atualizado às 15h05)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro concordou nesta sexta, 15, com a avaliação de auxiliares próximos da necessidade de afastar o seu filho Carlos Bolsonaro (PSC), vereador no Rio de Janeiro, das questões do governo.

Declaração de Carlos Bolsonaro de que secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, mentiu sobre contatos com o presidente instaurou crise no Planalto
Declaração de Carlos Bolsonaro de que secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, mentiu sobre contatos com o presidente instaurou crise no Planalto
Foto: Reprodução Instagram/Carlos Bolsonaro e Dida Sampaio/Estadão / Estadão Conteúdo

Ao longo da manhã, Bolsonaro teve uma série de conversas com ministros e assessores no Palácio da Alvorada e telefonemas para costurar o fim da crise que envolve Carlos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Ele decidiu manter o ministro no cargo.

Esses interlocutores que atuam na crise relataram ao "Estado" que, pelas conversas, o acertado por Bolsonaro é que Carlos ficará fora de ações do Executivo e evitará mensagens nas redes sociais com ataques e críticas a integrantes da equipe do presidente.

Um dos interlocutores disse à reportagem, porém, que "ninguém" é "ingênuo" de achar que Carlos se concentrará, daqui para frente, no seu trabalho na Câmara de Vereadores do Rio. Essa fonte lembra que, em outros episódios de divergência no âmbito do Planalto, o filho do presidente se ausentou do dia a dia do palácio, mas depois voltou a atuar e interferir nas discussões de governo.

Carlos, observou esse interlocutor, é o filho mais próximo de Bolsonaro e, na campanha, comandou com êxito as redes sociais do pai. Ele continua tendo "olheiros" dentro do Planalto. Um deles é o primo Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, que, embora não tenha cargo formal na Presidência, circula com um crachá de acesso ao terceiro e quarto andar do palácio (áreas restritas) sem qualquer impedimento.

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