Bolsonaro acusa governo Lula de retirar carros blindados; Casa Civil nega
Ao retornar ao Brasil, ex-presidente fez acusações contra a pasta e mencionou "preocupação" após planos contra Moro virem à tona
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez acusações contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao retornar para o Brasil após meses nos Estados Unidos. Durante encontro com políticos do Partido Liberal, Bolsonaro reclamou que a Casa Civil do atual governo retirou carros blindados que, segundo ele, seriam direito dele.
"Até segunda-feira eu tinha direito a dois carros blindados", disse Bolsonaro durante a reunião. "Com o anúncio da minha chegada aqui, a Casa Civil retirou o carro blindado", afirmou.
Na fala, ele também citou o fato de ter tido 40 policiais federais durante a campanha eleitoral de 2018. Como candidato à Presidência da República, Bolsonaro de fato teve direito a escolta realizada pela PF, bem como os demais candidatos do pleito à época.
O ex-presidente ainda mencionou que corria risco de sofrer atentado e relembrou que foi vítima de um ataque à faca enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG) em 2018.
Bolsonaro também citou os recentes planos para sequestrar autoridades, como o ex-juiz e atual senador Sergio Moro, descobertos pela Polícia Federal neste mês. "A gente fica preocupado. Eu não tenho peito de aço", comentou.
O Desgoverno Federal retirou os carros blindados que o Presidente Bolsonaro tem por direito. pic.twitter.com/B8wIdb4cAX
— MarioFrias (@mfriasoficial) March 30, 2023
O que diz a Casa Civil
Ao Terra, a Casa Civil afirmou que nenhum ex-presidente tem direito a utilização de carro blindado.
"Conforme prevê a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, os ex-presidentes têm direito a dois veículos oficiais e os respectivos motoristas. Nenhum ex-presidente utiliza veículos blindados cedidos pela Presidência da República", diz a pasta.
A Casa Civil acrescentou ainda que os dois veículos oficiais - previstos na lei - foram disponibilizados e estão sendo utilizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.