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Política

Bolsonaro admite recriar Ministério da Segurança Pública

'Existe a possibilidade', afirma presidente; ex-deputado Alberto Fraga é cotado para assumir nova pasta

3 jun 2020 - 17h17
(atualizado às 17h24)
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O presidente Jair Bolsonaro confirmou na noite de terça-feira (3) que tem intenção de recriar o Ministério da Segurança Pública. Como mostrou o Broadcast/Estadão, a decisão já é dada como certa nos corredores do Palácio do Planalto, resta decidir a melhor data. "Existe a possibilidade", afirmou Bolsonaro.

Jair Bolsonaro conversa com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília
Jair Bolsonaro conversa com a imprensa na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília
Foto: Cláudio Marques / Futura Press

Nesta quinta-feira (4) o presidente tem um encontro com o líder da Frente Parlamentar da Segurança Pública, a chamada bancada da bala, Capitão Augusto (PL-SP), para tratar do assunto. Segundo o deputado, a ideia é que a recriação ocorra até julho. O nome indicado pela bancada para assumir o comando é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM), que é amigo de Bolsonaro.

"Se decidir voltar (com o Ministério da Segurança Pública), já vou anunciar o nome do ministro antes de começar a tramitar o projeto", afirmou Bolsonaro na noite de terça. Ele fez referência ao fato de que a criação de novas pastas deve passar pela aprovação do Congresso.

Questionado por jornalistas, Bolsonaro não quis se comprometer com a indicação de Fraga. "Não vou dizer que seja ele nem que não seja. Sou amigo do Fraga desde 1982. Ele está livre de todos os problemas que teve aí, é um grande articulador. Ele é cotado aí, mas nada de bater o martelo não", declarou.

Bolsonaro afirmou que o escolhido "tem que ser alguém que entenda do assunto" da segurança pública, já que ele terá como responsabilidade a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal.

A ideia de dividir a pasta ganhou força com a exoneração do ex-ministro Sérgio Moro, que exigiu a unificação da Justiça e da Segurança Pública em um superministério antes de assumir o cargo. Com a mudança, a estrutura hoje comandada por André Mendonça ficará esvaziada, sem seus órgãos mais importantes, como a Polícia Federal, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Quando assumiu o cargo, no fim de abril, André Mendonça chegou a sondar o coronel Araújo Gomes, ex-comandante da Polícia Militar de Santa Catarina, para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública. A nomeação, no entanto, não saiu e o cargo está vago desde a demissão do antigo titular da secretaria, o general Teophilo Gaspar, no início do mês passado. "Eu estou em conversa com o ministro (Mendonça), mas em relação à Secretaria Nacional da Segurança Pública. Nos próximos dias é que vou saber como vai se encaminhar", afirmou o coronel ao Estadão/Broadcast.

Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou que pode prestar depoimento presencialmente à Polícia Federal no inquérito que investiga se houve interferência política na PF. Segundo o presidente, o inquérito acabará sendo arquivado, mas ele prestará esclarecimentos "sem problema nenhum".

"Eu acho que esse inquérito que está na mão do senhor (ministro) Celso de Mello (do Supremo Tribunal Federal) vai ser arquivado. A PF vai me ouvir, estão decidindo se vai ser presencial ou por escrito, para mim tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele tem segurança enorme na resposta porque não vai titubear. Ao vivo pode titubear, mas eu não estou preocupado com isso. Posso conversar presencialmente com a Polícia Federal, sem problema nenhum", disse o presidente na noite de terça-feira, 2, no Palácio da Alvorada.

Na semana passada, a PF afirmou em documento enviado ao STF que "mostra-se necessária a realização" do depoimento que apura se houve ingerência por parte dele, baseado em acusaçõe de Moro. Nesta terça, o procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se favorável ao depoimento.

Após a polêmica do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, tornado público por decisão judicial que faz parte do inquérito, Bolsonaro afirmou que o próximo encontro será aberto à imprensa.

Estadão
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