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Política

Bolsonaro admite troca de mensagens de "cunho pessoal"

Em redes sociais, presidente afirma que 'qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República'

26 fev 2020 - 10h16
(atualizado às 11h06)
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O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta quarta-feira, 26, pelas redes sociais, sobre o vídeo que disparou de seu celular pessoal, via aplicativo WhatsApp, convocando apoiadores a irem às ruas no dia 15 de março para defendê-lo. Sem citar o vídeo, Bolsonaro diz que "troca mensagens de cunho pessoal, de forma reservada". "Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República", afirmou no texto.  

"Campanha" contra o Congresso

O presidente Jair Bolsonaro enviou pelo menos dois vídeos convocando a população a sair às ruas, no dia 15 de março, em defesa do governo e contra o Congresso. Com imagens e sobreposição de fotos suas, os vídeos têm trechos idênticos, como a frase que classifica Bolsonaro como um presidente "cristão, patriota, capaz, justo e incorruptível".

O ex-deputado Alberto Fraga confirmou ao Estado que, antes do carnaval, recebeu um destes vídeos do próprio Bolsonaro, por meio do WhatsApp. A mesma peça foi enviada na segunda-feira, 24, pelo secretário da Pesca, Jorge Seif Jr, a seus contatos no Whatsapp. Seif já foi apelidado por Bolsonaro de "filho zero seis", tamanha sua proximidade.

O BR Político mostrou nesta terça-feira, 25, que o presidente compartilhou um vídeo com seus aliados, estimulando a presença na manifestação anti-Congresso, convocada por grupos de direita. Não é, porém, o mesmo citado por Fraga e Seif, embora contenha afirmações iguais em alguns trechos. As duas peças são apócrifas.

Amigo do presidente e frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, Fraga considerou que Bolsonaro não está fazendo uma "convocação" para os atos, ainda que os conteúdos dos vídeos sejam de incentivo à manifestação de cunho conservador e governista, contra o Congresso. "Não vi nenhum tipo de convocação", disse o ex-deputado. "Ele tem 35 milhões de seguidores. Não faria isso."

Veja também:

Bolsonaro e Crivella dançam durante culto no Rio:
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
05/02/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 05/02/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters
Estadão
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