Assessora e vendedora de Angra pediu demissão, diz Bolsonaro
Walderice Santos da Conceição preferiu se desligar da equipe do candidato à Presidência por causa da grande exposição
O candidato à Presidência da República pelo PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, afirmou que sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição pediu demissão nesta segunda-feira (13). De acordo com o deputado federal, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição envolvendo seu nome.
Ela foi apontada em reportagens do jornal Folha de S. Paulo como uma assessora fantasma do parlamentar, que trabalhava em sua residência em Angra dos Reis e vendia açaí na cidade, no "Açaí da Wal". O caso foi lembrado pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no debate entre os presidenciáveis realizado na última sexta-feira (10), na Band.
"O crime dela foi dar água para os cachorros", disse Bolsonaro a jornalistas, sobre os serviços prestados pela funcionária em sua residência no litoral do Rio de Janeiro. Pelo site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente salário bruto de R$ 1.351,46. "Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso", disse.
Bolsonaro disse ainda que pode ser um dos alvos dos protestos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O movimento iniciou uma marcha à Brasília para dar apoio à inscrição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima quarta-feira (15), da chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a presidente.
"Estou sabendo que MST vai estar aqui (em Brasília) a partir de hoje (segunda). Ações acontecerão em Brasília e, a princípio, eu sou uma pessoa que interessa para eles", disse ele a jornalistas.