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Política

Bolsonaro ainda avalia vetos de lei de abuso de autoridade

Segundo a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), presidente não quer se indispor com o Congresso

28 ago 2019 - 13h42
(atualizado às 14h19)
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Em conversa com parlamentares e entidades, o presidente Jair Bolsonaro mostrou preocupação sobre o que fazer em relação aos vetos do projeto sobre abuso de autoridade, disse a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) nesta quarta-feira (28). Segundo ela, Bolsonaro afirmou que, se vetar completamente a proposta, como pedem apoiadores, criará um problema com o Congresso.

21/08/2019
REUTERS/Adriano Machado
21/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Ao final o presidente disse 'estou entre a cruz e a espada. Se eu vetar tudo, crio um problema com parte do Congresso e obviamente a população vai aplaudir. Se eu não vetar nada, crio um problema com a população'. Ele está ponderando muito", disse a líder após reunião em que entidades da área jurídica entregaram uma proposta de 10 vetos ao presidente.

"Ele não adiantou o que vetará, mas sabemos que vetará alguns pontos. Tudo é uma costura política, a gente tem que fazer essa conta porque o governo ainda tem no mínimo três anos e meio pela frente. Temos outros projetos para aprovar. Essa matemática política é o que a gente está fazendo agora", disse Joice.

O presidente tem até o dia 5 de setembro para decidir se sanciona na íntegra, veta na íntegra ou veta parcialmente. Segundo a deputada, a decisão por enquanto é de que pelo menos alguns pontos serão vetados. O próprio Bolsonaro já afirmou que o artigo que trata de uso de algemas será vetado.

As entidades que estiveram com Bolsonaro nesta quarta pedem 10 vetos. Além das algemas, está na lista das entidades que representam policiais, juízes e Ministério Público o artigo que instituiu a perda do cargo, do mandato ou da função pública como punições para abuso de autoridade e o que obriga a identificação do policial ao fazer uma prisão.

Segundo o líder do governo na Câmara, major Vítor Hugo (PSL-GO), a proposta de vetos entregue ao presidente tem o apoio de 53 deputados e 30 entidades.

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