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Política

Grande problema do Brasil é classe política, diz Bolsonaro

"É nós, Witzel, é nós, Crivella, sou eu, Jair Bolsonaro, é o Parlamento... Nós temos que mudar isso", nomeou o presidente.

20 mai 2019 - 16h28
(atualizado às 16h49)
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta segunda-feira, 20, a classe política, ele inclusive, e afirmou que não vai "criar dificuldade para vender facilidade", o que, segundo ele é uma prática comum no País. Ele afirmou que o Brasil, apesar de todos os percalços, tem solução, mas que o grande problema está nos políticos brasileiros.

"É um País maravilhoso, que tem tudo para dar certo, mas o grande problema é a nossa classe política. É nós, Witzel, é nós, Crivella, sou eu, Jair Bolsonaro, é o Parlamento, em grande parte, é a Assembleia Legislativa... Nós temos que mudar isso", afirmou ao lado do governador do Rio, Wilson Witzel, e do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Presidente da República, Jair Bolsonaro
Presidente da República, Jair Bolsonaro
Foto: Alan Santos/PR / PR

Bolsonaro afirmou que o Brasil é um País que tem espaço para todos, "tem espaço para árabe, judeu, todas as origens étnicas", e que os empresários reunidos poderiam contar com ele para melhorar a situação do País, citando medidas que já foram tomadas como a chamada Medida Provisória da Liberdade Econômica, que visa facilitar as burocracias das empresas.

"Nós temos como mudar o destino do Brasil, e eu conto com os senhores, vocês podem contar comigo e meus 22 ministros. Não criaremos dificuldade para vender facilidade aos senhores", disse o presidente.

Ele fez questão de lembrar que na campanha eleitoral gastou "menos de US$ 1 milhão, e (veio) de doação", apesar do partido dele, o PSL, ter recebido R$ 1,6 bilhão para a campanha. "Fiz questão de não usar esses recursos, porque de vez em quando nos acusam de usar laranjas. No Rio de Janeiro, as três candidatas a laranja no Rio de Janeiro recebeu (sic) R$ 1,8 mil pra poder pagar o contador, e não coloca a prestação de conta, aí eu sou dono do laranjal no Rio de Janeiro... até gostaria que fosse, a laranja é um produto bastante rendoso", brincou o presidente.

Em seu discurso, Bolsonaro referiu-se ainda à pressão que sofre das corporações, sem citar nomes, que estariam atrapalhando a aprovação das medidas necessárias para colocar o Brasil no rumo certo, como a reforma da Previdência. "Como não conseguem nos derrubar, por medidas outras, ficam metendo uma cunha entre nós. Mas nós temos agora oportunidade ímpar de mudar o destino do Brasil", finalizou.

Vocação para presidente

Bolsonaro repetiu, no discurso na Firjan, que já avisou que não tem vocação para presidente, mas ressaltou que "quem tem vocação está preso", referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente defendeu a aproximação que vem tendo com os Estados Unidos, criticando gestões anteriores que teriam se aproximado mais de países como Venezuela e Cuba.

"Temos uma oportunidade ímpar de mudar o futuro do Brasil", afirmou Bolsonaro convocando os empresários presentes a lutar contra o atraso.

Ele disse que nos EUA, quando se falava em preocupações em relação à Venezuela, dizia para se preocuparem com a Argentina, devido a uma possível vitória da ex-presidente Cristina Kirchner.

"Lá nos Estados Unidos, apesar de não ser muito prudente falar nisso, eu dizia: preocupem-se primeiro com a Argentina, que está voltando para as mãos da senhora Cristina Kirchner, ou vamos ter uma nova Venezuela no sul da América do Sul", disse. "Queremos nos aproximar de países que trazem vantagem para nós", completou.

Estadão
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