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Política

Bolsonaro confirma ter ido a loja da Maçonaria e diz que foi bem recebido

Campanha do candidato à reeleição teme que repercussão do vídeo antigo, que viralizou na web, tire votos de Bolsonaro entre religiosos

5 out 2022 - 20h58
(atualizado às 21h03)
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Jair Bolsonaro, Augusto Heleno e membros da maçonaria na frente de uma parede branca
Jair Bolsonaro, Augusto Heleno e membros da maçonaria na frente de uma parede branca
Foto: Aos Fatos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu nesta quarta-feira, 5, das críticas por ter ido a uma loja da Maçonaria. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo disse que foi bem recebido no local. "O que eu tenho contra maçom? Não tenho nada", declarou. A campanha do candidato à reeleição teme que a repercussão do vídeo antigo, que viralizou nas redes sociais, tire votos de Bolsonaro entre eleitores religiosos. "Ele sentiu o golpe", afirmou um interlocutor, ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, sobre a reação do presidente.

"Está aí na mídia agora, o pessoal me criticando porque fui a uma loja maçom em 2017. Fui, sim, fui numa loja maçom, acho que foi a única vez que eu fui na loja maçom. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia. E um colega falou 'vamos lá', e eu fui lá. Acho que foi aqui em Brasília, fui muito bem recebido. Tudo bem, me trataram bem", disse Bolsonaro, na live. "E eu sou presidente de todos, e ponto final. Fui de novo? Não fui. Agora, eu sou o presidente de todos. Isso, agora, a esquerda faz um estardalhaço. O que eu tenho contra maçom? Não tenho nada", emendou.

Aliados do presidente preveem que a campanha vai reagir com "algo mais pesado" após o vídeo na Maçonaria ter viralizado. No primeiro turno da eleição, bolsonaristas divulgaram fake news sobre o fechamento de igrejas caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem Bolsonaro disputa agora o segundo turno, seja eleito. Além disso, o chefe do Executivo tem atrelado seu adversário a Daniel Ortega, que governa de forma ditatorial a Nicarágua e, segundo o presidente, tem perseguido padres.

Na visão de um interlocutor de Bolsonaro, a "guerra religiosa" deve se intensificar até o dia 30, quando acontece o segundo turno das eleições. Em discursos durante a campanha, o presidente se referiu à disputa eleitoral como uma "luta entre o bem e o mal". Um dia antes do primeiro turno, no último sábado, 1º, a primeira-dama Michelle disse que a eleição era um "momento decisivo" e que os "ataques" contra Bolsonaro eram contra os "princípios e valores" de Deus. "As portas do inferno não prevalecerão", declarou, na Esplanada dos Ministérios.

Durante a campanha, Michelle passou a acompanhar Bolsonaro em atos religiosos para tentar alavancar a votação do presidente entre as mulheres, principalmente evangélicas. Nas últimas semanas antes do primeiro turno, contudo, a primeira-dama passou a se dedicar mais à tentativa de impulsionar a candidatura da ex-ministra e pastora Damares Alves, que foi eleita senadora pelo Distrito Federal.

Estadão
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