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Política

Bolsonaro critica Fachin e diz que, reeleito, "resolve a questão" dos decretos de armas

Ao tomar a medida, o ministro afirmou que o início da campanha eleitoral "exaspera" o risco de violência política

6 set 2022 - 09h23
(atualizado às 09h52)
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Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro
Foto: Adriano Machado / Reuters

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta terça-feira (6) a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender trechos de decretos que ampliam o acesso a armas e disse que vai "resolver a questão" depois das eleições de outubro. Ao tomar a medida, o ministro afirmou que o início da campanha eleitoral "exaspera" o risco de violência política.

"Zero. Não concordo em nada com o senhor Fachin", declarou o chefe do Executivo, em entrevista à Jovem Pan. "Acabando as eleições, a gente resolve a questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerra por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas", emendou.

Aliados de Bolsonaro criticaram a decisão de Fachin nas redes sociais. O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, chegou a dizer que o Judiciário havia "extrapolado suas atribuições" e feito "ingerência indevida".

"As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar", escreveu Mourão ontem, no Twitter.

Imóveis

Ao se defender de críticas à compra de imóveis com dinheiro vivo por sua família, Bolsonaro disse que "só falta" realizarem operações contra seus parentes. "Tenho quase certeza que farão busca e apreensão na casa de parentes meus", disse o chefe do Executivo na entrevista.

O presidente voltou a defender os empresários que foram alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os empresários em questão defendiam um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito para ocupar o Palácio do Planalto.

Estadão
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