Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Bolsonaro culpa mídia por falsa relação entre vacina e aids

Mandatário brasileiro justificou que a relação foi feita com base em uma notícia da revista 'Exame', jogando a culpa da sua fala na imprensa

25 out 2021 - 11h52
(atualizado às 12h02)
Compartilhar
Exibir comentários
Bolsonaro durante cerimônia em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro durante cerimônia em Brasília REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Após o Facebook decidir excluir de sua plataforma a última transmissão do presidente Jair Bolsonaro em que ele fazia uma falsa relação entre vacinas contra covid-19 e desenvolvimento de HIV, o vírus da aids (síndrome de imunodeficiência adquirida), o mandatário brasileiro justificou que a relação, falsa, foi feita com base em uma notícia da revista Exame, jogando a culpa da sua fala na imprensa, uma "fábrica de fake news", como classificou. Contudo, o presidente não retificou suas declarações.

"Na segunda-feira, a revista Exame fez uma matéria sobre vacina e aids, eu repeti essa matéria na minha 'live', dois dias depois a revista Exame falou que eu falei fake news. Foi a própria Exame que falou da relação de HIV e vacina. Eu apenas falei sobre matéria da revista".

A reportagem a que Bolsonaro se refere foi publicada em outubro de 2020 com o título "Algumas vacinas contra a covid-19 podem aumentar o risco de HIV?". A matéria afirma que pesquisadores estavam preocupados que algumas vacinas que usam um adenovírus específico no combate ao vírus SARS-CoV-2 podem aumentar o risco de que pacientes sejam infectados com HIV. No entanto, a revista diz que, até aquele momento, "não se comprovou que alguma vacina contra a covid-19 reduza a imunidade a ponto de facilitar a infecção em caso de exposição ao vírus."

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o Facebook decidiu excluir de sua plataforma a transmissão ao vivo realizada pelo presidente. Controlado pelo Facebook, o Instagram também removeu o conteúdo. Já o YouTube mantém a live disponível até o momento. Em nota encaminhada à reportagem, o Facebook cita as políticas internas da plataforma após decidir pela exclusão da "live". "Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas", afirma a empresa.

A aids é causada pelo vírus HIV. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, recomenda a vacinação de pessoas com o vírus.

A fala de Bolsonaro foi desmentida por especialistas ao longo do final de semana. "Não existe NENHUMA possibilidade de vacina causar AIDS. ZERO. Qualquer que seja a vacina. É isso que precisa ser divulgado de forma clara e direta", esclareceu o médico sanitarista Daniel Dourado.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade