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Política

Bolsonaro desafia Marinho a provar acusações de vazamento

O presidente Jair Bolsonaro desafiou o empresário Paulo Marinho a provar o suposto vazamento da operação Furna da Onça da Polícia Federal

19 mai 2020 - 21h02
(atualizado às 21h56)
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Bolsonaro em Brasília
13/5/2020 REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro em Brasília 13/5/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro desafiou o empresário Paulo Marinho, suplente de senador de seu filhos Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), a provar as acusações feitas sobre um suposto vazamento e atraso de uma operação contra uma pessoa próxima a ele quando era candidato à Presidência da República.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo no domingo, Marinho disse ter ouvido de Flávio Bolsonaro informações de que um delegado da Polícia Federal antecipou-lhe que o assessor dele à época na Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro Fabrício Queiroz, que tinha relacionamento próximo com o próprio Bolsonaro, seria alvo de uma operação da PF.

Em uma entrevista feita por meio das redes sociais para o jornalista Magno Martins, Bolsonaro disse que Marinho vai ter que provar quem foi o delegado que teria feito essa afirmação a um assessor do seu filho. "Quem vai provar? Não é assim não", afirmou.

O suplente de Flávio Bolsonaro, que em um dado momento da campanha eleitoral de 2018 cedeu sua casa como espécie de comitê do próprio Bolsonaro, vai depor nesta quarta-feira em inquérito aberto pela PF para apurar o suposto vazamento da investigação.

Conforme o relato de Marinho à Folha, o delegado que teria vazado a informação —que estaria lotado na Superintendência da PF no Rio de Janeiro— tinha avisado a Flávio sobre a operação envolvendo Queiroz entre o primeiro e segundo turnos da eleição presidencial de 2018.

A PF teria também segurado a operação para que não fosse realizada antes do 2º turno, o que poderia atrapalhar a candidatura do pai do senador, então candidato a presidente.

Na transmissão, Bolsonaro contestou essa fala de Marinho e disse que a operação foi adiada porque nas eleições não se pode prender ninguém.

O presidente disse ainda que nunca impôs qualquer nome para a Superintendência da PF no Rio.

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