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Política

Bolsonaro diz que filiação ao Patriota está "quase certa"

Presidente fez as afirmações horas depois de se reunir com o presidente da sigla, Adilson Barroso, no Planalto

1 jun 2021 - 23h20
(atualizado às 23h26)
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O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta terça-feira, 1º, que o processo de filiação ao Patriota está "quase certo", mas ainda depende de alguns detalhes. Bolsonaro fez as afirmações horas depois de se reunir com o presidente do Patriota, Adilson Barroso, no Planalto.

"Todo mundo é Patriota agora?", perguntou um apoiador ao presidente, na portaria do Palácio da Alvorada. "Está quase certo, estamos negociando. É como um casamento: tem de ser programado, planejado, senão dá problema", respondeu Bolsonaro.

Uma eleitora se identificou como integrante do Patriota Mulher do Distrito Federal e disse que gostaria de "somar" com Bolsonaro. "Não casei ainda, não", respondeu ele, numa referência ao partido. "Quando vai ser esse casamento?", insistiu a apoiadora. "Eu acho que a mulher marca o dia do casamento, para ser democrático, e o homem marca o ano", disse o presidente, rindo.

Flávio e Jair Bolsonaro em encontro com o presidente do Patriota, Adilson Barroso
Flávio e Jair Bolsonaro em encontro com o presidente do Patriota, Adilson Barroso
Foto: Reprodução / Twitter Flávio Bolsonaro / Estadão Conteúdo

Bolsonaro foi eleito presidente em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL), sigla que deixou em novembro de 2019 após desentendimentos com o deputado Luciano Bivar (PE), presidente da legenda. Sem partido desde então, Bolsonaro vinha procurando um que o abrigasse para disputar novo mandato, em 2022. O Patriota chegou a remover alguns integrantes, como o vereador paulistano Fernando Holiday, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), para atrair Bolsonaro.

Nesta segunda-feira, 31, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) se filiou ao Patriota. A chegada dele ao partido foi vista como uma sinalização de que seu pai, o presidente da República, o acompanhará em breve.

Na conversa com os apoiadores, Bolsonaro aproveitou para ironizar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e disse que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, poderá disputar com o tucano o Palácio dos Bandeirantes, em 2022. Doria é adversário de Bolsonaro e se prepara para ser candidato ao Planalto, não à reeleição.

CPI e Copa América

Ao falar sobre a CPI da Covid, o presidente disse que senadores ficaram uma hora "batendo" na médica oncologista Nise Yamaguchi, defensora do tratamento precoce à base de cloroquina para combater o coronavírus.

"É uma covardia", afirmou Bolsonaro sobre a forma como senadores interpelaram Nise, que prestava depoimento como convidada. "Relatório do Renan não dá nem para botar no banheiro porque vai estar mais sujo do que o papel higiênico que estiver lá", atacou ele, numa referência ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).

Em pouco mais de meia hora de conversa, na entrada do Alvorada, Bolsonaro também fez uma oração com os apoiadores, falou sobre o fim da "festa da Lei Rouanet" e confirmou que o Brasil receberá os jogos da Copa América de Futebol.

"Sexta-feira começam as eliminatórias da Copa do Mundo, Equador e Brasil, ninguém falou nada. Agora, Copa América já começaram a me adjetivar de tudo o que se possa imaginar. Mas ganhamos mais uma. Do que depender do governo federal e de quatro governadores que se voluntariaram (Brasília, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro), haverá Copa América. E, quem não quiser assistir, não assista", disse.

Estadão
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