Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Bolsonaro diz que TSE errou ao chamar Forças Armadas para comissão eleitoral: "Sou o chefe supremo"

Em reunião ministerial, Bolsonaro pediu 'reação' contra urnas antes das eleições; gravação embasou operação da PF

9 fev 2024 - 11h47
(atualizado às 12h13)
Compartilhar
Exibir comentários
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa sua casa após uma operação de busca, em Brasília, Brasil, 3 de maio de 2023.
Foto: Reuters/Adriano Machado

Na reunião ministerial feita em 5 de julho de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) errou ao chamar as Forças Armadas para integrar a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), mas avaliou que essa decisão o beneficiava.

"O TSE cometeu um erro [inaudível] quando convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral. Cometeu um erro. Eles erraram. Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas?", afirmou na ocasião.

A gravação da reunião estava no computador apreendido de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e segundo a Polícia Federal (PF), revela o "arranjo de dinâmica golpista". O vídeo de mais de uma hora foi obtido pelo jornal O Globo.

Em 2021, as Forças Armadas foram incluídas pelo TSE, junto com outras entidades, na CTE, comissão que tem como finalidade ampliar a transparência e a segurança das eleições. A atuação das Forças Armadas, entretanto, resultou em várias crises no processo.

Em outro momento do vídeo, Bolsonaro se referiu à cadeira presidencial como uma "cagada do bem".

"Como é que eu ganho uma eleição, um fodido como eu? Deputado do baixo clero, escrotizado dentro da Câmara, sacaneado, gozado, uma porra de um deputado", disse.

'Vamos ter que reagir'

Durante o encontro, o então presidente pediu para que seus ministros atuassem para questionar as eleições antes mesmo da disputa, pois mostrava certeza na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido a uma alegada fraude no sistema eleitoral.

"Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições", disse Bolsonaro.

"Nós não podemos, pessoal, deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado (...) A gente vai ter que fazer alguma coisa antes", afirmou em outro trecho.

Estavam na reunião Anderson Torres (ex-Justiça), general Augusto Heleno (ex-Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-Defesa), Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Walter Braga Netto (ex-Casa Civil). Todos são alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira, 8, e investigados por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade