Bolsonaro elogia Trump por fala sobre "reféns" do 6 de janeiro e retoma defesa de anistia no Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) celebrou um discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em que ele classificou os participantes do ataque ao Capitólio de 2021 como "reféns". Durante uma reunião com aliados em Brasília nesta segunda-feira, 20, Bolsonaro destacou a declaração como um dos pontos altos da cerimônia de posse de Trump e uma possível diretriz para a oposição no Brasil.

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“Vocês vão ver muitas ações a respeito dos reféns de 6 de janeiro”, afirmou Trump em discurso para apoiadores, sugerindo futuras medidas para os condenados pela invasão ao Capitólio. As informações são da colunista Julliana Lopes, da CNN Brasil. 

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A frase foi comemorada por Bolsonaro e seus apoiadores, que veem paralelos entre os eventos nos EUA e os ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023, no Brasil.

A menção de Trump serviu como um incentivo para Bolsonaro retomar a defesa de um projeto de lei que concede anistia aos investigados por financiar, planejar ou participar dos atos golpistas de janeiro de 2023. A proposta, que perdeu força após avanços nas investigações e um atentado a bombas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024, continua sendo uma prioridade para a oposição.

Bolsonaro e seus aliados enxergam na decisão de Trump um modelo a ser seguido, principalmente diante da resistência enfrentada no Congresso Nacional. De acordo com lideranças políticas, no entanto, a ideia de anistia enfrenta forte oposição na Câmara dos Deputados, onde o tema foi descrito como um "vespeiro".

Os ataques de 8 de janeiro no Brasil

Os ataques de 8 de janeiro de 2023 foram uma tentativa de invadir e depredar as sedes dos Três Poderes em Brasília. Motivados por inconformismo com o resultado das eleições presidenciais de 2022, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva, apoiadores de Bolsonaro vandalizaram o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional.

O episódio resultou em centenas de prisões e processos judiciais contra os envolvidos. As comparações com o ataque ao Capitólio nos EUA em 6 de janeiro de 2021 são frequentes, reforçando as preocupações com a escalada de discursos autoritários e a polarização política.