Bolsonaro: 'Espero ser convidado para posse de Trump; Quem vai dizer se vou é Sua Excelência Moraes'
Bolsonaro não pode deixar o País porque está com o passaporte retido por determinação do ministro do STF
BRASÍLIA - O ex-presidente Jair Bolsonaro disse esperar ser convidado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para a posse na Casa Branca em 20 de janeiro. Caso o convite seja feito, Bolsonaro afirmou que vai pedir ao autorização ao ministro Alexandre de Moraes para poder viajar.
"Se for (convidado), vou peticionar ao TSE, para ver se eu posso ir lá acompanhado da esposa. Se não convidar, paciência, tem seus motivos. Acredito que seja convidado. Bem, quem vai decidir se eu vou ou não é Sua Excelência, Alexandre de Moraes", afirmou. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 13, na sede do PL, em Brasília, durante a posse de seu filho "zero 3?, Eduardo Bolsonaro, como secretário de Relações Internacionais e Institucionais do PL.
Bolsonaro não pode deixar o País porque está com o passaporte retido por determinação de Moraes, no âmbito do inquérito de Moraes que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte de bolsonaristas após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.
O ex-presidente disse que teve um bom relacionamento com Trump quando os dois eram presidentes. "Agora, uma coisa importante, eu sei o meu lugar. Nós estamos para os Estados Unidos como o Paraguai está para nós."
"Ele (Trump) passou quatro anos perseguido, com ameaça de prisão e venceu isso. Lógica que a diferença dele para a minha é que ele é um bilionário e eu não sou nada economicamente falando", declarou.
O ex-presidente reclamou do inquérito de Moraes que investiga tentativa de golpe. "Dois anos para apurar um golpe, não teve nenhuma fotografia de um soldado na rua, de um general levantando a espada, mas eles querem nos aniquilar, querem destruir o PL", criticou.
Antes de Bolsonaro chegar ao evento, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, retirou-se do local. Os dois não podem se comunicar por decisão também de Moraes. "É mais um esculacho para cima de mim", reclamou o ex-presidente.