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Política

Bolsonaro fará live com hackers para provar fraude em urna

Em meio a escândalos envolvendo vacinas, presidente vem aumentando o tom na afirmação de que haverão fraudes nas eleições do ano que vem

2 jul 2021 - 12h33
(atualizado às 13h42)
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Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O presidente Jair Bolsonaro, de olho nas eleições de 2022, voltou a colocar em xeque a seguranças das urnas eletrônicas, e afirmou a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada que está em contato com hackers para fazer uma demonstração pública, via redes sociais, sobre a segurança do sistema.

Em meio às diversas críticas ao governo devido a escândalos envolvendo a compra de vacinas, Bolsonaro tem evitado comentar o tema e aumentando o tom na afirmação de que haverão fraudes nas eleições do ano que vem.

"Eu pretendo, estou tentando, já fizemos contato com as pessoas que entendem do assunto, são hackers, para fazer uma demonstração pública. Lógico que a televisão não vai mostrar, mas vou fazer uma live", afirmou o presidente.

O voto impresso, que o presidente chama de "auditável", é uma das bandeiras de Bolsonaro, que já afirmou ter provas de que o pleito que o levou à presidência teria sido fraudado. Ele alega que teria vencido no primeiro turno em 2018.

Em 24 de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes deu 10 dias para que o chefe do Executivo apresentasse provas de suas alegações de irregularidades no sistema eleitoral. Hoje, Bolsonaro comentou sobre o tema: "apresento se eu quiser. Não tenho obrigação de apresentar prova pra ninguém".

O discurso de fraude nas eleições do presidente vem acompanhado por ataques ao seu principal adversário político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O que Bolsonaro tem falado a apoiadores é que existe uma "articulação" para colocar Lula de volta no Planalto através de fraude. "O que um candidato aí está fazendo?", começou, evitando citar o nome de Lula, "ele está reunindo alguns líderes partidários já loteando o futuro governo dele. Daí os caras começam a trabalhar contra o voto auditável. Porque só chega, esse cara só chega na fraude".

Estadão
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