Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

Bolsonaro ironiza críticas e diz: Churrasco será para 3 mil

Presidente pretende realizar evento no sábado, contrariando recomendações do Ministério da Saúde e da OMS

8 mai 2020 - 18h50
(atualizado às 19h06)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente Jair Bolsonaro ironizou as críticas que sofreu ao anunciar que pretende fazer um churrasco neste sábado, 9, contrariando recomendações do próprio Ministério da Saúde. Ao voltar para o Palácio da Alvorada, no fim da tarde desta sexta-feira, 8, Bolsonaro disse que deve receber 3 mil pessoas para a confraternização.

Presidente Jair Bolsonaro gesticula na rampa do Palácio do Planalto, Brasília 
27/04/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro gesticula na rampa do Palácio do Planalto, Brasília 27/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Na noite de quinta, o presidente havia afirmado a apoiadores que receberia "uns 30 convidados" para um churrasco e cobraria R$ 70 de cada um. A realização de eventos como esse esbarra também em orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende o isolamento social como principal estratégia para combater a pandemia do novo coronavírus.

Foram necessárias apenas 24 horas, porém, para que Bolsonaro inflasse o número de convidados. Primeiro, disse que convidaria apenas profissionais da imprensa. Depois, passou a aumentar as projeções. "Já tem 180 convidados", "tem 210 chefes de família, deve dar umas 500 pessoas", "vai ter umas 900 pessoas no churrasco amanhã", afirmou. "Tem mais um pessoal aqui de Taguatinga, 1,1 mil".

Antes de se despedir dos seguidores que se aglomeravam em um cercado montado em frente do Palácio do Alvorada, o presidente fez um último cálculo. "Quem estiver aqui amanhã a gente bota para dentro. Três mil pessoas no churrasco amanhã", disse ele, aplaudido por aliados.

Bolsonaro também usou de ironia para evitar perguntas de jornalistas sobre a indicação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. O delegado foi escolhido pelo presidente para dirigir a corporação, mas teve a nomeação barrada pela Justiça. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que reconsiderasse a decisão sobre o impedimento de Ramagem para exercer o cargo.

Moraes suspendeu a nomeação depois que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro acusou o presidente de tentar interferir politicamente na PF. Ramagem é amigo da família Bolsonaro. Questionado se ainda dá para reverter a decisão de Moraes, Bolsonaro abriu um sorriso. "Dá para reverter? Não dou nada, não", respondeu.

Mais cedo, após cumprir agenda no Ministério da Defesa, o vice-presidente Hamilton Mourão desconversou sobre o churrasco anunciado por Bolsonaro. Recorrendo também à ironia, Mourão disse que ainda não havia sido convidado. "O presidente ainda não falou comigo sobre churrasco e R$ 70 está muito caro", comentou.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade