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Política

Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que pode ser "bem-vinda”

A Organização Mundial da Saúde (OMS), contudo, alertou nesta semana que ainda é cedo para tratar a covid-19 como uma doença endêmica

12 jan 2022 - 12h28
(atualizado às 13h19)
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Jair Bolsonaro vetou projeto, que foi publicado hoje no Diário Oficial Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Jair Bolsonaro vetou projeto, que foi publicado hoje no Diário Oficial Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Foto: Aloísio Maurício / Fotoarena/Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quarta-feira, 12, que a variante Ômicron do coronavírus, que tem gerado um aumento de infecções e da procura por testes de covid-19 no País, é "bem-vinda" e pode sinalizar o fim da pandemia. "A Ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, ela tem uma capacidade de se difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena", afirmou o chefe do Executivo, em entrevista ao site Gazeta Brasil, que o apoia. "Dizem até que seria um vírus vacinal. Algumas pessoas estudiosas e sérias e não vinculadas a farmacêuticas, dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia", acrescentou.

Bolsonaro minimiza ômicron e sugere que pode ser "bem-vinda”:

A Organização Mundial da Saúde (OMS), contudo, alertou nesta semana que ainda é cedo para tratar a covid-19 como uma doença endêmica, apesar de a Ômicron aparentemente causar casos menos graves da doença.

Bolsonaro também voltou a minimizar a pandemia de coronavírus. "A saúde no Brasil sempre foi um caos. Por que agora essa preocupação enorme com a covid? Você tem que ter como qualquer doença. Ficou uma doença politizada", disse.

Em entrevista veiculada ontem pela Jovem Pan, o presidente havia afirmado que haverá "caos" e "rebelião" se o País decretar lockdown neste ano devido à piora da pandemia de covid-19, gerada pela disseminação da variante Ômicron.

"O Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência. Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem", disse Bolsonaro, após criticar os governantes estaduais.

Ao contrário do "lockdown" que o presidente citou, contudo, foram tomadas apenas medidas localizadas de isolamento social e restrição de circulação de pessoas no Brasil.

Estadão
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