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Política

Bolsonaro não aceitaria convite para depor a Renan na CPI

Presidente disse que não tem cabimento ser inquirido por uma "figura desqualificada" como o relator da comissão

3 jun 2021 - 20h49
(atualizado às 21h24)
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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em live nesta quinta-feira
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em live nesta quinta-feira
Foto: Reprodução / Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que recusaria um convite para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid caso fosse convocado.

"Eu não aceitaria ser convidado para CPI para Renan Calheiros (MDB-AL). Quer convocar? É o poder da CPI convocar. Agora, aceitar convite para ser inquirido por uma figura desqualificada como Renan Calheiros ou Otto Alencar (PSD-BA)? Ou Omar Aziz (PSD-AM), não tem realmente cabimento isso ai".

"CPI é coisa séria, pessoal. No passado, CPIs eram levadas com muita mais seriedade. Pessoal acha que CPI vai derrubar um presidente, mas porque? Estão apurando desvio de recurso? Não, né?", afirmou Bolsonaro em sua live semanal com transmissão pela internet, nesta quinta-feira, 3.

O chefe do Executivo afirmou ainda que a comissão estaria perdendo uma oportunidade de, segundo ele, de discutir o "tratamento imediato" que, para o presidente, consiste no uso de medicamentos com ineficácia cientificamente comprovada contra a covid-19, como é o caso da hidroxocloroquina.

Bolsonaro também fez ataque aos integrantes da CPI, chamando o relator Renan Calheiros de "recordista em inquérito no Supremo". Sobre o presidente do colegiado, Aziz, o chamou de "PHD em desvio de recurso". Já em relação ao vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), ele evitou citar o nome e disse apenas. "O outro lá. Aquela pessoa lá do Amapá", disse.

"Aquela pessoa que é contra tratamento imediato e não dá outra alternativa é, no mínimo, um canalha, tá? Porque eu tomei aquele remédio. Não vou falar aqui para não cair a minha live, eu tomei aquele remédio. Senti mal há poucas semanas, tomei o meu remédio também, o mesmo remédio, no dia seguinte fiz o teste, por coincidência não estava infectado", disse. Posteriormente, Bolsonaro afirmou ter feito o teste antes de viajar ao Equador no fim de maio.

Enquanto o Brasil ultrapassa o número de 465 mil mortes pela doença e sofre com o atraso de vacinas, Bolsonaro disse que não politizou a pandemia.

"Vou pagar com a mesma moeda, o que que está comprovadamente científico você usar depois que você tiver falta de ar? Um tubo? Agora, mais cedo ou mais tarde, isso virá à tona, verão que milhares de pessoas poderiam estar entre nós, vivas, se o outro lado não politizasse isso. Eu não politizei isso, não politizei isso. Quem politizou foi o outro lado, quem diz para não tomar e não dar outra alternativa, são eles", afirmou.

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