Bolsonaro pode ser preso por visita a embaixada, mas ministros do STF pregam cautela
Bolsonaro não apenas visitou a sede diplomática, como também passou dois dias na embaixada
A visita de Jair Bolsonaro à Embaixada da Hungria em Brasília, com duração de dois dias, pode ser uma tentiva de fuga do País para evitar uma eventual prisão, afirmam ministros do STF.
A visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Embaixada da Hungria em Brasília pode indicar uma tentativa de fuga do País para evitar uma eventual prisão, conforme avaliação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são da Folha de S.Paulo.
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O jornal The New York Times revelou nesta segunda-feira, 25, que Bolsonaro não apenas visitou a sede diplomática, como também passou dois dias na embaixada. Ele foi recebido pelo embaixador Miklos Tamás Hamal quatro dias após ter seu passaporte apreendido por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A coincidência reforça a suspeita de que o ex-presidente teria passado os dias na embaixada para discutir a possibilidade de solicitar asilo à Hungria, país atualmente governado por Victor Orbán, uma figura política de extrema direita. A análise foi feita por ministros do STF.
Contudo, a possibilidade é tratada com cautela pelos magistrados, devido à repercussão que poderia acarretar. Em primeiro lugar, Bolsonaro poderia apresentar alguma explicação alternativa para a visita, que não envolvesse a possibilidade de pedir asilo. Em segundo lugar, a prisão dele poderia reforçar uma narrativa de perseguição política.
Na Corte, há uma preocupação em agir apenas com base em evidências concretas em relação ao ex-presidente. No entanto, a decisão de prender ou não Bolsonaro será exclusivamente do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela relatoria dos inquéritos que o investigam por uma série de crimes, incluindo a tentativa de golpe de Estado para se manter no poder.