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Política

Bolsonaro recua de recontratar Santini e diz que PPI irá para a Economia

30 jan 2020 - 08h33
(atualizado às 09h35)
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O presidente Jair Bolsonaro escreveu no Twitter na manhã desta quinta-feira, 30, que vai tornar sem efeito a admissão do ex-número 2 da Casa Civil, Vicente Santini, no novo cargo. É a segunda exoneração de Santini nesta semana.

Santini foi exonerado pela primeira vez por Bolsonaro do cargo de secretário executivo da Casa Civil nesta quarta-feira, 29. O presidente não gostou de ele ter usado um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar a Suíça e Índia. Horas depois, ainda na quarta, Santini foi nomeado novamente para outro cargo na Casa Civil, como assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil. A nomeação gerou grande repercussão. Agora o presidente diz que dispensará o servidor também dessa nova função.

No cargo de número 2 da Casa Civil, de natureza especial, Santini recebia um salário bruto de R$ 17.327,65 mensais. No novo cargo, de categoria DAS 102.6, a remuneração prevista seria de R$ 16.944,90 (R$ 382,75 a menos).

Após a primeira exoneração e nomeação no novo cargo, a Casa Civil disse em nota que "o presidente Bolsonaro e Vicente Santini conversaram, e o presidente entendeu que Santini deve seguir colaborando com o governo".

Voo e exoneração

Vicente Santini utilizou voos da FAB para acompanhar comitivas do governo em viagens oficiais à Suíça e à Índia. Ele viajou na condição de ministro em exercício, já que o titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, estava em férias.

Bolsonaro ficou irritado e argumentou que Santini poderia ter viajado em voo comercial, como outros ministros fizeram. A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Casa Civil afirmaram que o voo cumpriu as disposições legais, mas Bolsonaro classificou o ato como "imoral". "O que ele Santini fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica", afirmou o presidente.

PPI

Ainda no Twitter, o presidente também afirmou que vai exonerar o secretário-adjunto da Casa Civil, Fernando Moura, que ficou no lugar de Santini quando foi exonerado pela primeira vez. Além disso, Bolsonaro afirmou que vai transferir o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia.

O PPI foi para a Casa Civil como uma recompensa a Onyx quando ele perdeu a articulação política para a Secretaria de Governo, Luís Eduardo Ramos. Agora, o programa que toca as privatizações do governo deve sair de vez das mãos de Onyx.

Estadão
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